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– É isso – Nia sussurra segurando meu braço e me puxando sutilmente para fora da cadeira. Acompanho suas ações e aguardo, confusa. – É isso aí que eu esqueci de te contar: a hora em que as ditadoras do inferno saem para fazer festa.
Observo enquanto três garotas caminham pelo chão de mármore do refeitório como se estivessem em um tapete vermelho. Apesar de ignorarem todo mundo, não é necessário muito esforço para saber que gostam da atenção.
A primeiro a passar por nós é uma morena claramente latina muito bonita e famosa. Tira o fôlego de várias meninas e meninos conforme vai andando, mas definitivamente não é o meu tipo.
– Essa é a Andrea Rojas, – Nia volta a sussurrar para mim, sem tirar os olhos da latina. –, a prodígio do cinema. Não tem como não a conhecer já que fez dezenas de filmes, apesar de hoje em dia estar dando uma pausa para as pessoas esquecerem das dezenas de escândalos em que se meteu e as merdas que fez. Ela é filha única de um político extremamente bem-sucedido e de índole duvidosa – Nia a espera se afastar um pouco e acrescenta: – Ou seja, o pai é corrupto pra caralho.
Não tenho tempo nem de comentar sobre ela porque, logo em seguida, fico tão chocada que sinto que vou desmaiar:
A próxima garota que passa por nós é a mesma que eu tive uma discussão no dia anterior.
Puta merda. Isso não pode estar acontecendo.
– Essa é a Samantha Arias – Nia comenta baixinho. –, líder da banda Sin Reign e a comedora ambulante do Instituto. Pega todas as garotas que conseguir desde que elas se pareçam com supermodelos. Ah, e é claro, depois joga elas no lixo e parte para as próximas vítimas.
Um pouco antes de passar em nossa frente, ela me nota. Imediatamente abaixo a cabeça, evitando olhá-la. Ela não pode lembrar de mim.
Eu me recuso a me ferrar tão rápido assim.
– Kara – Nia aperta meu braço. – Ela estava olhando pra você. Samantha Arias, deusa do anti-amor, estava olhando pra você.
Finalmente levanto a cabeça, esperando que ela já tenha passado.
– Não era pra mim – Solto secamente, lembrando da sua arrogância de ontem. – Com certeza não era pra mim.
Antes que Nia pudesse discordar, sinto meu coração parar de bater. O ser humano mais lindo que eu já vi começa a passar na minha frente. Não consigo parar de olhá-la. De observá-la como se não fosse apenas uma garota, mas algum tipo de semideusa inalcançável para meros mortais como nós, feita apenas para admirá-la de longe.
O seu cabelo é desajeitado e cheio em um preto reluzente tão bonito que tenho vontade de passar a mão apenas para senti-lo entre os meus dedos. Os olhos parecem cristais de tão claros, mas são duros que nem concreto. Seus traços bem definidos, mas harmoniosos como se ela realmente tivesse sido desenhado antes de nascer, combinam com o seu corpo e estatura.
E, ao se aproximar de mim, consigo ver melhor os detalhes de seu rosto: ela tem dois piercings prateados e redondos acima da sobrancelha esquerda. No lado direito da boca na parte inferior do lábio, outro piercing de argola preto complementa seu rosto. Brincos de cruz nas orelhas, uma tatuagem que cobre a maior parte do braço direito e outra no pescoço, quase ultrapassando a linha do maxilar abaixo da orelha, gritam "perigo".
Apesar de todos os enfeites colocados especialmente para mandarem a mensagem de "fique longe e não se meta comigo", por baixo de tudo ainda tem uma carinha de garota.
– E por último, essa é Lena Kiera Luthor, a maior filha da puta que eu já vi e a melhor dançarina do Instituto. – Nia sussurra, tão hipnotizada quanto eu. – E não é à toa, já que a mãe dela é a brilhante Lilian Luthor. Como se já não bastasse ela ter a beleza dela, com certeza pegou o seu talento também.
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Prodígios de Elite ᴥ Supercorp
Fanfiction(+16) - CONCLUÍDA ! ADAPTAÇÃO!! Kara Danvers Zor-El é apaixonada por dança. Seu maior sonho é ser uma dançarina profissional e, para isso, está disposta a deixar seu conforto e tudo que sempre conheceu para trás. Sua vida de garota do interior muda...