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Depois de horas trancadas no quarto nos arrumando, Nia e eu finalmente chegamos na festa de Samantha.

Ao contrário do que eu pensava, a festa não era na sua casa, mas em algum salão enorme afastado das áreas mais movimentadas da cidade, rodeado por árvores, grama e jardins.

Dentro do salão, um palco foi montado especialmente para a banda Sin Reign. O lugar é decorado do teto ao chão, luzes coloridas e brilhantes piscam por todos os lados e músicas que estouram no ouvido não param de tocar por um segundo.

– Minha nossa – Diz Nia assim que chegamos no bar para pegar uma água – Esse lugar é o paraíso! Olha quanto garoto gostoso tem aqui!

Solto uma risada e começo a olhar em volta, rapidamente notando que ela não está nada errada. Enquanto me viro para analisar melhor as pessoas, subitamente vejo Lena do outro lado do salão no andar de cima, rodeada por garotas lindas e com um copo de bebida na mão. Sinto meu estômago embrulhar. No momento em que o seu olhar encontra o meu, as meninas a sua volta parecem ter deixado de existir.

Seus olhos cruzam o salão, passando e ignorando todas as centenas de cabeças dançantes abaixo de si até se ancorarem em mim, como se eu fosse um alvo. As garotas se esfregam e o cutucam, mas Lena me perfura tão fundo com o olhar que, por um segundo, tenho a impressão de realmente sermos os únicos no local. Com a expressão dura como concreto e os olhos intensos me observando a distância, ela se apoia no mezzanino com os cotovelos e engole toda a bebida do pequeno copo na sua mão, como se estivesse morrendo de sede.

Sucumbindo de calor e sem tirar os meus olhos dos de Lena, automaticamente engulo toda a água do copo que Nia me entrega – também morrendo de sede.

– Kara...? – Ela chama, em seguida tentando olhar para o mesmo lugar (ou para mesma pessoa) de que não tiro os olhos.

– Vamos dançar, por favor – Falo em urgência, segurando seu braço e desviando a cabeça de Lena, praticamente a arrastando para a pista de dança.

– Você quer ir para frente do palco? – Nia pergunta assim que começamos a mergulhar no mar de adolescentes dançando. – Samantha já está tocando com a banda.

Eu assinto com a cabeça e continuamos a passar pelas pessoas até ficarmos cara-a-cara com os musicistas.

O que está acontecendo comigo? Lena me ajudou uma única vez e eu não consigo parar de pensar no quão linda e gostosa ele é. Eu vou enlouquecer, não é possível.

Samantha está cantando e tocando guitarra, mas assim que vê Nia e eu, dá um pequeno aceno com a cabeça e pisca o olho, nos fazendo rir e outras garotas gritarem enlouquecidas de felicidade.

Finalmente começo a dançar e, imediatamente, já começo a sentir a adrenalina incendiar meu corpo inteiro. É simplesmente incrível a sensação que tenho quando danço – seja uma coreografia ou não.

Fumaça, luzes e picadinhos de papel explodem conforme momentos específicos da música. Para a minha surpresa, nos momentos mais intensos da apresentação, pequenos e finos jatos de água espirram para fora do palco na direção de toda a plateia.

É sensacional.

Uma roda no meio da pista de dança começa a se formar e diferentes pessoas se revezam para entrarem e dançarem, chamando a atenção de todos como se estivessem dando um pequeno show particular.

Fico para trás e Nia entra, dançando e rebolando que nem uma louca. Começo a rir histericamente enquanto aplaudo e grito seu nome, a estimulando. Dezenas de garotos se colocam em volta da roda, se divertindo e olhando que nem predadores para as garotas que entram no meio para dançar.

Prodígios de Elite ᴥ SupercorpOnde histórias criam vida. Descubra agora