Capítulo 15 part. 1 - Pequeno, fracote e covarde.

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Horas mais cedo.

    Darlee pediu pra Ellie não espalhar muito informações sobre a pesquisa e se despediu. Diana usou a caminhada do palácio Blanford até o carro para digerir tudo que acabara de ouvir. E assim que entrou no carro, sua cabeça começou a borbulhar com perguntas.

A irmã saiu de casa pra pesquisar sobre um grupo de cientistas que estudam portais, a formação da terra, e magia da criação? Primeiro, qual o nexo? Segundo, Diana estava pesquisando sobre os desaparecimentos. E coincidentemente os cientistas desse grupo estão sumindo. Assim, a pesquisa de Darlee e a investigação de Diana tem um nexo e foi por ISSO que sua irmã voltou?

Darlee entrou no carro e fechou a porta.

Sim. Era exatamente isso, constatou Diana.

Mas essas não eram as únicas perguntas que ela tinha.

— Por que você nunca me contou sobre a pesquisa? — perguntou ela, de supetão.

Darlee respirou fundo e desistiu de girar a chave na ignição.

— Você teria ido comigo — falou Darlee, como se fosse preciso.

— Claro que eu teria ido com você! — rosnou Diana. — A descoberta que mudaria o mundo era nossa!

Darlee sentiu o arrependimento pesar no peito e piscou algumas vezes, pra conter as lágrimas.

— Eu sinto muito, Didi. Mas eu não podia te levar. Eu tinha motivos, e muitos, pra sair de casa. Eu sentia falta da nossa verdadeira casa. E eu não podia... te arrastar comigo.

Diana não falou nada, sentindo que o silêncio era a melhor resposta. Se ela falasse qualquer coisa, choraria feito uma idiota. Mas aí Darlee abriu os braços a convidando pra um abraço e por mais brava que tentasse ficar, nunca conseguiria resistir àquilo. Ela apertou a irmã com o corpo e suas lágrimas pousaram no ombro de Darlee.

— Eu ainda estou com raiva de você — murmurou ela, se esforçando o máximo pra voz não tremer.

Darlee deu uma risadinha frouxa.

— Eu tenho algo pra você.

Darlee a soltou e Diana enxugou rapidamente suas lágrimas (odiava chorar na frente das pessoas). A mais velha estendeu o braço pra trás do banco dela, tirando um caderno do bolso.

— Essas são todas as anotações que fiz nos últimos tempos — contou Darlee. — E coloquei todos os detalhes importantes que não consegui contar para Ellie e os outros.

Diana o pegou. Talvez fosse o caderno mais bem cuidado que Darlee tinha. E agora era dela.

— Ainda há muitas pontas soltas — continuou Darlee. — Mas acho que se aprofundar no tema vai te ajudar a continuar com a investigação.

Diana assentiu, sorrindo sem mostrar os dentes. Sua irmã prosseguiu:

— E Didi, mesmo que essa não seja a descoberta do século, você ainda vai mudar o mundo. Eu tenho certeza.

E pela a primeira vez em muito tempo, Diana torceu para a irmã ter razão.

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