Sorry

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     Finalmente saí em viagem. Me despedi de Hinata e Naruto que fizeram questão de nos encontrar nos portões, e é claro que novamente pedi desculpas. Depois, partimos para Kasei pegar minhas coisas. 

     Peguei apenas o necessário e logo seguimos o caminho para o País do Rio, onde ficamos por sete dias cumprindo missões. Obito ajudava com problemas de crimes pelo país, enquanto eu ficava nos hospitais atendendo quem precisasse e aplicando nas vilas sistemas melhores de saúde.

     Quase não ficamos juntos em nossa estádia, único momento que tínhamos tempo para conversar era à noite, mas sempre estávamos muito cansados para isso. 

     Ao acabarmos nossos serviços e sermos perdoados pelos líderes e senhor feudal do local, seguimos rumo a Vila da Areia. Chegamos lá bem rápido até e fomos recebidos pelo Kazekage.

     Gaara não parecia feliz com a minha presença, muito menos Temari. Talvez isso me incomode, mas o que poderia fazer? Matei Kankuro na frente dos dois, é compreensível todo o ódio.

     Estamos em quartos na Torre Kage, o que deixa tudo mais complicado. Sempre tenho que me esbarrar com aqueles dois e nunca sei o que dizer. Não me sinto no direito de pedir desculpas.

     A mesma coisa que aconteceu no País do Rio acontecia aqui, Obito fazia missões pela vila e eu ajudava no hospital. Precisava formular uma apresentação para os projetos que tenho em mente, tudo isso para daqui dois dias.

     Estou virando a noite para conseguir entregar para o Conselho do melhor jeito possível. Não tenho uma boa reputação, mas espero que desconsidere meus erros no passado e foquem no que pode favorecer sua vila.

     Tenho toda a estrutura pronta, só falta entender como irei apresentar para os oficiais.

— Sakuratan, olha o que eu trouxe pra você. — Obito apareceu em meu quarto com uma bandeja de guloseimas, colocando-a em cima da mesa ao meu lado.

— Não precisava, mas obrigada. — Peguei um doce e o saboreei. — Hm, onde conseguiu isso?

     Eram vários Manju simples, porém bem gostosos. Os melhores que já comi, sem dúvidas.

— Estava ajudando um senhor mais cedo e ele me disse que garotas gostam de serem presenteadas com comida. Como sei que está se esforçando demais, pensei em te agradar um pouco. — Se jogou na minha cama. 

     Fofo.

— Obrigada, Obito. — Sorri e voltei a comer.

     Na bandeja também tinham frutas, como cerejas e sudachis, um suco natural de maracujá e dangos. Uma ótima refeição que veio em um ótimo momento, eu diria. 

— Como vai seu projeto? — Perguntou, mexendo em meus livros. 

— Bem, até. Só não faço ideia de como vou apresentar isso pra Gaara e os outros. 

— Só seja formal e explique de um jeito de fácil entendimento. — Folheava as páginas. — Você é boa pra explicar as coisas, essa etapa não deveria estar sendo difícil pra você.

— Eu não tenho uma boa reputação e tenho certeza que o Kazekage me odeia. — Bebi o suco. — Não acho que eles vão aceitar qualquer coisa.

— O líder de uma vila tem que separar o pessoal do profissional, Gaara não parece uma pessoa que não segue essa regra. Se explicar de forma calma e leve, provável que tenha um bom resultado. Sem contar que seus planos envolvem a saúde pública da Vila da Areia, é óbvio que ele vai dar a devida atenção. 

— É, você está certo. — Suspirei. 

— Mas o que exatamente você pretende fazer? 

— Analisando o hospital da vila e a vila em si, percebi um grande problema. — Comecei a mexer nos papéis. — A falta de assistência para algumas PCD'S, quero apresentar aos oficiais essa pauta junto com algumas soluções. 

A Única Rosa PálidaOnde histórias criam vida. Descubra agora