Explicava a Inari sobre meu projeto e de Tenten, instruí-o para tomar conta desse assunto com perfeição. Como acho que é muito trabalhoso para si fazê-lo sozinho, decidi que seria adequado ter companhia para resolver questões burocráticas.
Eram duas da tarde e estávamos na minha sala no hospital.
— E quem é esse sem noção? — Perguntou encarando o novo colega de trabalho de cima a baixo.
— Esse é Konohamaru, ele vai te ajudar a resolver as coisas. Tudo o que vocês precisam saber, está nos documentos que te entreguei. Qualquer dúvida, vocês devem procurar a mim ou a Tenten, entendido?
— Está bem, mas por que preciso de outro alguém pra isso? Consigo fazer sozinho.
— Vai por mim, não consegue não. Você é importante no hospital e não pode perder o ritmo que tem aqui, por isso achei melhor que tenha um auxiliar. Konohamaru se ofereceu pra isso sem pedir nada em troca, então, faça o favor de não reclamar. — Bebi um gole de água. — Tentei fazer sozinha, mas não consegui. Portanto, você também não tem capacidade pra isso.
— Hm, está dizendo que é melhor que eu? — Semicerrou os olhos.
— Não seja idiota, estamos no mesmo patamar. Se você não consegue, também não consigo e vice-versa. — Dei de ombros. — Vocês dois têm praticamente a mesma idade, podem se dar muito bem.
— Espero que sim. — O Sarutobi sorriu.
— Konohamaru, se ele te irritar muito pode me dizer, está bem? Não precisa ter vergonha. — Pisquei. — Conheço bem esse aí, sei que ele é muito chatinho.
— Ei, eu ainda estou aqui, sabia!? — Inari esbravejou. — E chata é você.
Rimos.
— Enfim, é só isso? — Meu irmão questiona, assinto. — Vamos resolver essas coisas e depois volto. Até mais, Nee-san.
— Até.
Ambos se despedem e vão embora. Sozinha, volto a ler e assinar papéis.
Com o passar das horas, mais e mais trabalho aparecia. Muitas cirurgias e procedimentos complicados, muita enrolação e pessoas para atender.
Como Inari não estava presente, ainda tive que pegar alguns de seus pacientes. Não é difícil, apenas cansativo. Ter que conversar, lidar com pessoas que me olham de jeito estranho, me manter profissional o tempo inteiro... Tudo isso é cansativo.
Quando menos se espera, já está tarde. Assim como agora, que já são meia-noite. Você se concentra tanto em fazer tudo com perfeição que nem vê a hora passar.
Com a volta do meu irmão, pude ir pra casa. Hoje o plantão fica por sua conta, então, tenho a noite livre.
Voltando para casa, me encontro com Sai. O ex-Anbu disse que queria falar comigo e cá estou eu, parada em sua frente esperando-o começar.
Diferente das outras noites da semana, hoje não estava tão frio. Tinha apenas ventos leves. Nada me impedi de ouvi-lo.
— Quero me desculpar. — Disse.
— Pelo que exatamente? — Pergunto confusa.
— Por não ter te ajudado. — Sua falta de expressão me impressiona.
— Explique direito, não estou te entendendo. — Cruzei os braços.
— Quando era criança, fui designado por Danzou para a missão de cuidar de uma garota. E, obviamente, essa garota era você. Vi as coisas que passou e o que viveu, sinto muito por não ter te salvado.
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A Única Rosa Pálida
FanfictionPARA MELHOR CONTEXTO DA HISTÓRIA, É PRECISO QUE LEIA O PRIMEIRO LIVRO: "REFORMADA". DISPONÍVEL EM MEU PERFIL. Para muitos, estar ao lado de Deus é o caminho correto. Louvar e dar glória por ser filho do onipotente é a coisa certa a ser feita. Mas o...