Matsuno

131 14 23
                                    

Espero que seja feliz. 



     Mais um mês se passou e estava perto de terminar meu trabalho. Ajudei e estou ajudando diversas famílias com algum integrante sendo PCD, muitos agora têm acesso a educação, saúde e moradia. Também fiz trabalhos avulsos, apoiando pessoas pobres e causas LGBT+. 

     Esses projetos estavam indo muito bem, pessoas da Vila da Areia viram meu esforço e sinto que estão me perdoando aos poucos. Já não é tão comum escutar xingamentos ao andar na rua e sim "parabéns" ou "obrigado". 

     Com Gaara também estava tudo correndo bem, cada dia que passa nos aproximamos mais e mais. Sem dúvidas ele virou uma pessoa muito importante para mim e gosto bastante de passar tempo com ele.

     Tive que insistir muito para que ele começasse a se cuidar e, felizmente, seguiu meus conselhos, porém colocando uma condição para isso... Desejou que eu fosse sua médica particular. Não poderia dizer outra coisa além de um "sim".

     Igualmente insisti para que saísse do escritório, novamente atendendo meu pedido com muita resistência. Vez ou outra saímos juntos nos finais de semana e aproveitamos um pouco a presença um do outro, Obito e Temari nos acompanham às vezes. A loira e eu nos aproximamos também, temos mentalidades e ideias parecidas. 

     Por mais que no começo ela me olhasse com raiva, agora vejo que esse ódio se esvaiu e a mesma me respeita bastante. Talvez se não tivesse matado Kankuro na guerra, poderíamos ser ótimas amigas. 

     Mas só por ter me perdoado e conversar comigo normalmente, já fico aliviada. 

— Chiclete, quer fugir um pouco? — Gaara perguntou.

     Estávamos trabalhando junto em seu escritório, ele resolvia suas coisas e eu resolvia as minhas. 

— Tenho que terminar isso aqui. — Continuava a escrever. — Talvez sábado dê pra sairmos.

     Eram dez da noite de uma terça. Onde já se viu sair agora?

— Estou com fome, podemos ir a algum restaurante. — Tirou a caneta da minha mão. — Termina isso mais tarde.

— Gaara, me devolve isso. Trabalho é trabalho. — Me levantei para pegar o objeto, mas usou da vantagem de ser mais alto que eu. 

— Não era você quem insistia pra sairmos e esquecer o trabalho? — Deu um sorriso irônico. — Não seja tão chata, doutora.

— Por que quer sair tão de repente? — Desisto de lutar pela caneta. — Nunca é você quem toma atitude.

— Porque daqui a pouco você vai embora. — Deu de ombros. — Quero te aproveitar o máximo que posso.

     Não sei o que dizer.

— Não reclame, se apronte e vamos. — Me empurrou para a saída. — Vou te esperar lá embaixo daqui a meia hora. 

— Gaara, não é assim— 

— Vai logo. 





     Tomei banho e coloquei um vestido vermelho que ganhei de uma senhora da vila. Não é tão curto, porém não é longo, tem o tamanho perfeito para essa ocasião. Meu penteado é o de sempre, cabelo solto com um arco também vermelho. Usava uma bota preta normal e um colar com uma flor de cerejeira.

     Vamos apenas jantar, então, não tem o porquê me arrumar tanto. 

Uau. — Gaara diz  assim que me vê.

     O ruivo trajava uma calça preta, uma camisa de mesma cor e um casaco vermelho fino. Simples, porém lindo. 

     Uau digo eu

A Única Rosa PálidaOnde histórias criam vida. Descubra agora