But You

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Eu vou sorrir quando te ver, como se nada tivesse acontecido.



P.O.V Narrador

     Hinata encarava sua namorada chorar. Via as lágrimas de dor e se perguntou o porquê de alguém como ela passar por tanto sofrimento.

     Cansada, sentou-se ao seu lado e a abraçou. De novo perdoava os vacilos da garota, de novo a escutava prometer que mudaria.

     ❝Te prometo, meu amor.. Ela disse da última vez.

     Promessa que não cumpriu, porque novamente abusou das drogas e agiu de forma agressiva. De novo disse coisas das quais logo se arrependeu.

     ❝Você não me ama, Hinata. Não tem como você me amar.. Foi o que disse desta vez.

     A Hyuga se sentiu mal, obviamente... Mas, como não a perdoaria? Elas eram feitas uma para a outra. São duas almas gêmeas, destinadas a ficarem juntas, mesmo que sofram no processo.

     ❝Amor, você está me machucando.. Hinata balbuciou após Sakura agarrar seu pulso com força.

     A Matsuno a soltou e chorou. Suas lágrimas caíam, fazendo com que a morena se sentisse culpada. Começou a dizer sobre seu passado deprimente, fazendo com que ela se sentisse culpada.

     O sol sempre continua brilhando mesmo atrás das nuvens, assim como ela sempre estará esperando seu amor.

— Hinata, por que você ainda está aqui? Por que não me xinga ou me bate? Eu mereço, eu sei que mereço. — Dizia sua amada. 

     Respirou fundo e respondeu:

— Porque eu te amo. Sempre vou amar você. Só estamos em um momento difícil... mas não vou te abandonar. 

     Não há chances de abandoná-la, mesmo que tenha que agir como uma idiota.

— Me desculpa. — Diz a Matsuno. — Você é um anjo, você é o anjo mais lindo que já vi.

     E, mais uma vez, Hinata se sentiu baixa. 

— Eu perdoo você. — Sorriu minimamente.

     Sakura a beijou. Tomou seus lábios e prometeu novamente que aquilo jamais aconteceria de novo, porém sabemos que é mentira.

— Pode dormir comigo? — Pediu. — Por favor.

     Sua voz estava arrastada e seus olhos vermelhos. 

— Está bem. 

     Assim foi feito. Tomaram um banho e se deitaram juntas. Sakura se desculpou de novo e pediu para que a Hyuga cantasse para si, pois diz achar sua voz a mais bela que já ouviu. 

     De preferência da namorada, Hinata cantou "Escapism". Canção que Mina Matsuno cantava, canção que Sakura cantava e a ensinou para si meses atrás. 

"Eu acho que vou ter que aceitar,
que neste lugar horrível
não devo mostrar nenhum vestígio de dúvida.
Mas puxada contra a corrente,
sinto um pouco de dor
que eu preferiria viver sem.
Eu prefiro ser
livre, livre, livre.
Eu prefiro ser
livre, livre, livre
daqui."

     Sakura adormeceu. Hinata acariciou seu rosto e prometeu a si mesma que a amaria até onde aguentasse. Prometeu que, mesmo com céu nublado, esperaria o sol voltar a brilhar. 

     Lutou tanto para ter a Matsuno ao seu lado e esperou por anos, nunca que iria querer jogar tudo aquilo no lixo. Escolheu viver sozinha para esperar por esse amor. 

     Anos atrás, quando sua irmã, Hanabi, foi sequestrada por Toneri, teve a chance de experimentar um novo amor. Mas é claro que ela recusou.

     Naruto se declarou, disse que a amava mais do que tudo. Mas é claro que recusou seu amor. 

     Sua vida era Sakura, tudo envolvia ela e apenas ela. Juntas, eram lindas e tristes. Tão tristes que doía. 

     Sem ela, se sentia tonta e deprimente. Se sentia baixa.

     Por ela, Hinata faria qualquer coisa. Observando de modo superficial, tem a certeza de que a Hyuga está obcecada, porém não se engane... É amor. Apenas amor.

     Mesmo que apanhasse, chorasse ou gritasse, elas sempre terminariam abraçadas e se aproveitando. Tudo porque elas brilhavam juntas. 

     Tudo porque elas se completam. 



     Com o amanhecer, Sakura foi trabalhar e Hinata voltou para sua casa. A rosada fez daquela manhã a melhor da vida da parceira, tratou-a como se fosse uma princesa.

     Como se tivesse esquecido o que fez ontem. Como se tivesse esquecido que as marcas vermelhas no pulso da "princesa" foram feitas por ela.

     Na mansão Hyuga, assim que entrou, Neji a esperava na varanda. 

— O que aconteceu? — Perguntou. 

— Nada, não aconteceu nada. — Respondeu a garota.

— Você não parece bem.

— Mas eu estou, não tem com o que se preocupar. — Forçou um sorriso e entrou. 

     Iria subir as escadas, mas para ao ouvir Neji tossir e dizer:

— Ela não te merece.

     Não, eu não mereço ela. Pensou.

     Ignorou o primo e subiu para seu quarto.

     Horas e horas se passaram. Mesmo sabendo que tinha deveres para cumprir, não quis sair da cama momento algum. Estava triste o suficiente para nem sequer pensar em outras coisas.

     Seu pulso doía. Ela sabia que, mesmo curando, nunca deixaria de ver a cor avermelhada em sua pele.

— Hinata-sama, está na hora do almoço. Neji-sama está lhe esperando lá embaixo. — Hiroto diz do outro lado da porta.

     Ela estava cansada.



Uma semana depois...

     De novo a mesma coisa. De novo teria que escutar coisas que não quer ouvir. De novo precisava aguentar por ela. De novo não ver sua amada se afundar.

     Elas brigavam como se fosse a última vez e, então, fazem as pazes.

— Hinata, você me faz querer vomitar. — Dizia chapada.

     Ela não sabia o que fazer. 

— Por que está me olhando desse jeito? Você parece tão triste. Está cansada de mim?

     Ela não sabia o que dizer.

— Não te disseram que não sou boa pra você?

     Respire.

     Tudo por ela. Apenas por ela. 

Sakura, não me sinto muito bem.

Eu também não.

     De nova ela chorou. 

— Hinata, você faz eu me sentir impotente. 

     Ela aguentava mais um dia, aguentaria o tempo que for para não perdê-la. Porque nunca amou alguém daquela forma.

     Isso ainda é amor, certo?



Yo, guys? Tudo bem?

Capítulo curto porque to sem criatividade. Mals ae se ficou uma merda 🤙

Até a próxima, dattebayo!

A Única Rosa PálidaOnde histórias criam vida. Descubra agora