Crown

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Eu vou mandar nessa cidade de nada.
Me veja fazê-los com que se curvem um por um.

"Sakura, você não gosta da maneira que eles GRITAM?"



     Depois que saímos da Vila da Areia, fomos para o País da Terra, País das Ervas, Fontes termais... Demos uma volta inteira nos países orientais. 

     Em todos eles apliquei meus projetos e ideias, às vezes ficava mais de um mês presa em um país apenas com meus trabalhos. Os líderes de outras cidades viram o que fiz no País do Vento e apoiaram, pediram para que implementasse o mesmo em suas vilas.

     É claro que não foi fácil. Muita gente me odeia e não aceitam minha ajuda, mas não vejo problema nisso. Aos poucos meu projeto com as PCD ficava mais e mais famoso, minha fama como "Flor do Inferno" estava sendo substituída por "Doutora Matsuno". 

     Durante esse trajeto, recebi muitos xingamentos e ameaças de morte... Porém também fui amada e perdoada, muitas pessoas me abraçavam e agradeciam o que fazia. Diziam que, mesmo que não me conhecessem, conseguiam ver o arrependimento e a mudança positiva em mim. 

     Acho que gosto disso.

     Quando fui a Vila da Pedra e a Vila da Nuvem, fui massacrada e desrespeitada diversas vezes. Todos de lá me odiavam muito e com razão. Matei seus antigos líderes, é óbvio que me odiaram mais do que os outros.

     Os meses que passei nessas vilas não foram nada fáceis, até mesmos os novos Kages de lá não suportavam ver minha cara. De todos, esses lugares foram os que mais demorei para conseguir dar início ao meu projeto. Mas com a ajuda de Naruto, Gaara e outros cidadãos que ajudei durante o caminho, pude ganhar o perdão. 

     Eles enviavam cartas para as vilas e pediam para que as mesmas me perdoassem e dessem chance ao meu trabalho que ajudou muitas pessoas. 

     Fofo.

     Como tinha que ficar por muito tempo em apenas uma vila, Obito diversas vezes teve que seguir viagem sozinho para cumprir suas missões. Nos separamos e ficamos sozinhos por dias.

     Não sei, sinto falta dele quando estamos longe um do outro. Acho que não sinto mais vontade de ficar sozinha como antes. 

     Quando estou só, vejo coisas que ninguém mais vê e escuto coisas além da compreensão humana. Essas alucinações ficam mais e mais forte quando estou sozinha, às vezes consegue ser insuportável. 

     Não consigo mais pensar quando não tem ninguém ao meu lado.

     Acho que esse é o preço a pagar pelas minhas escolhas. Viver na miséria esperando que um dia consiga alcançar a paz interior, enquanto sou atormentada por demônios que não calam a boca um segundo.

     Obito, em uma noite qualquer, criou coragem e perguntou como havia conseguido tanto poder na guerra. É claro que não respondi. O que ele pensaria de mim?

     Talvez ficasse com medo ao descobrir que deixei de ser humana ou iria se afastar quando dissesse a ele que o anel em meu dedo não é apenas enfeite.

     Mas isso não importa agora. Finalmente estamos de volta em Konoha, depois de um ano e meio vagando por esse mundo. Sinto que estou pronta para viver aqui novamente.

     Comprei uma casa e móveis, Tenten e Rock Lee me ajudaram na mudança. Pude me desculpar com eles também e tenho certeza que podemos ser um time como éramos antes.

     O lugar que escolhi morar era mais afastado do centro da vila. Era uma casa grande, mas não o suficiente para ser uma mansão. Tinha dois andares, com dois quartos, sala de estar e jantar, cozinha, três banheiros e uma lavanderia, um porão—que provavelmente usarei como laboratório—e um escritório. 

A Única Rosa PálidaOnde histórias criam vida. Descubra agora