Me Diga

30 - Coragem

Um semana depois, domingo.

Conforme se passavam os dias, Luffy sentia cada vez mais a necessidade de ver, de sentir, de ser tocado, almejado e desejado por Trafalgar Law, um homem de 24 anos. Mais do que isso, ele também queria mostrar ao mais velho como se sentia, que queria estar junto dele, queria fazer Law sorrir, queria abraçá-lo, queria conversar horas a fio.

— O que achou? — Disse o garoto sorridente.

Law encarou a folha de papel curioso.

— Caraí ficou muito bom! — Disse orgulhoso. — Rayleigh vai amar isso.

— Tomara que ele goste.

Era o esboço de uma possível tatuagem.

Um submarino.

— Eu quero ser o primeiro em quem você vai tatuar.

— Nami pediu primeiro.

— Droga. — Disse um tanto decepcionado.

— Não mostrei pra ela esse desenho ainda, mas ela deve gostar também.

— Foram feitas por essas mãozinhas maravilhas, quem não iria gostar? — Comentou segurando nas mãos de Luffy.

— Isso é só o que você e minha família acha... — Afirmou, se afastando do mais velho.

— E isso é tudo que importa. — Disse saindo do quarto do garoto.

— Torao? — Luffy perguntou com os braços cruzados.

— Oi?

— Eu deixei você sair?

Trafalgar encarou o corredor, fechou brevemente seus olhos e então olhou para o lado sem encarar o menor.

— Não vai querer que eu fique.

— E se eu quiser? — Disse.

Law deu meia volta e entrou novamente no quarto.

— Detesto quando faz isso. — Sorriu de canto.

— O quê?

— Quando me provoca. — Disse se aproximando do menor que não recuou. — Pra eu cair é só um empurrão.

Luffy o encarou nos olhos, algo que faz com muita frequência e por bastante tempo.

— Por quê?

— Por quê? — Law pós sua mão no rosto do garoto. — Porque é difícil me controlar quando tô sozinho com você. — Sua mão deslizou até a nunca de Luffy e a massageou levemente enquanto unia suas bocas, o garoto fechou os olhos para sentir os toques do mais velho. Luffy estava contente, era o que ele queria e não desperdiçaria o momento, recuou alguns passos guiando Law e se sentou na sua mesa, logo rodeou o mais velho com suas pernas o prendendo a si. O tatuado não ficaria para trás, puxou a cabeça do garoto que arfou entre seus lábios, mais desejoso do que nunca, o mais velho queria isso, mostrar de forma física o que ele já disse milhões de vezes. Ele inclinou o menor descendo com sua língua até o pescoço do próprio, depositou alguns beijos como da última vez e voltou a boca, queria arrancar mais um pedacinho. Fingir que isso não era uma verdade era algo que ele não tava mais disposto a fazer.

— Taqui pariu, o que tá acontecendo com vocês dois! Que saco! Ahhhh! — Reclamou Ace, os dois demoram o tempo da frase para pararem o beijo. Não estavam arrependidos ou constrangidos por serem pegos. — Se desagarrem, agora! — Ameaçou e os dois acataram a ordem.

— A gente vai sair para assistir à semifinal do jogo das Kujas, e vocês dois já estão prontos e vão sair agora desse quarto. — Ace tinha sangue nos olhos.