34 - Pseudo-familia

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— Ei, senhor Zoro, não fica tão preocupado com o loirinho, ele tá bem, só perdeu muito sangue, fizemos uma transfusão e agora ele tá dormindo, até porque são uma hora da manhã. — Disse o jovem Chopper da porta.

— Dormindo? Ata. — Disse ainda sentando na cadeira, porem agora próxima à cama de Sanji, ele mal piscava encarando o garoto.

— Você também veio ver o loirinho? — Zoro ouviu Chopper dizer do corredor.

— Ele ta aqui?

— Ta, sim, senhor. — Diz o garoto.

Um homem de chapéu branco, entrou no quarto, com seu bigode loiro inconfundível. Seu olhar ríspido examinou toda a sala e parou nos olhos de Zoro.

— Você também está aqui pirralho?

— Pergunto o mesmo pra você.

— Runf. Vim ver meu filho, apenas isso.

— Ele não iria querer te ver.

— Não pretendo acordá-lo. — Judge se aproximou da maca. — Patético, Sanji é o mais fraco dos meus filhos, tem uma paixão esquisita por cozinhar, se preocupa mais com os outros do que consigo mesmo, uma gentileza grotesca, e quando decidi ser egoísta é apenas para se tornar um covarde que é um completo inútil pra mim. Mesmo assim, ele é alvo dos meus inimigos. Eu não entendo, o que esses imbecis têm na cabeça. Vão ter que fazer mais que isso, se querem me tirar do sério. Vejo que Sanji está perfeitamente bem.

Zoro escutou atento o monólogo.

— E você veio aqui pra confirmar pessoalmente?

— Infelizmente sim e vejo que foi uma perda de tempo. Você está tomando conta dele?

— Quase isso.

— Então coloque na cabeça dele que sobreviveu por pouco. Não quero que ele me cause mais dor de cabeça. Faca o evitar entrar em confusões fúteis. — Judge saiu do quarto sem esperar resposta.

— Sanji, sua família é muito estranha. — Comentou ao perceber que o Vismonke mais velho, pareceu aliviado ao ver que Sanji estava bem.

(...)

— O que você acha de vim lá em casa nesse fim de semana? — Comentou Marco com o namorado. 

— Você acha uma boa ideia?

— Ele é minha filha e você meu namorado. Não pretendo escolher entre os dois.

— Tudo bem, mas o que digo quando eu chegar lá?

— Diz que vocês são um casal. Ela não foi criada por uma família conservadora. A mãe dela não tá presa?

— Esse é justamente um problema Law, ela já começou  estudar, daqui a pouco vai ter amigos. Acha que vai ser fácil pra ela lidar com toda a situação que ela viveu, entender que mãe tá presa e ainda ser zoada pelos coleguinhas porque o pai dela é gay?

— Cada um com seus problemas.

— Mas seu idiota, sem noção! — Ace avançou em cima de Law, mas Marco o impediu.

— Trafalgar tem razão.

— Mas ela só tem 6 anos!

— Se ela sofrer a gente sofre junto. Ela não vai tá sozinha.

— Terapia. — Comentou Law sussurrando.

— Mas...

— Ace, o que deu em você? Não trate o nosso amor como se fosse algo ruim. Eu amo vocês dois e isso é ótimo. — Sorriu o mais velho. — É o que importa.

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