𝗦𝘁𝗮𝗻𝗱 𝗯𝘆 𝗺𝗲

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𝐋𝐎𝐑𝐄𝐍𝐀

NÃO ESTÁ NADA BEM, depois que eu sai da faculdade liguei para minha mãe que está no Brasil. Ela reclamou, jogou a culpa de mim, falou do meu pai e outras merdas que deixaram minha cabeça doendo. Para meu dia ficar mais maravilhoso tropecei e pisei na bosta, que incrível! Cheguei em casa e Izzy já veio encher meu saco falando sobre uma festa e eu não queria ir e ele reclamou que para onde eu ia ele ia e eu sou uma preguiçosa por não querer ir com ele. Me trouxe remédio, mas não tomei, não tinha necessidade. 

Depois dele sair com os outros me deitei na cama e fiquei olhando para o teto pensando em alguma distração. Slash disse que iria para praia fumar um beque, então liguei para ele e pedi para ele vir me buscar. Coloquei um vestido rosa que fica acima do meu joelho, minha jaqueta preta e minhas botas. Não demorou muito para o guitarrista chegar.

── Cadê seu cachorrinho? ─ Slash perguntou, enquanto eu entrava em seu carro.

── Tá lá no puteiro da amiga de Erin.

── Por que não foi?

── Porque eu tenho dignidade.

Ele riu da minha resposta e me deu seu cigarro. Isso me lembra de quando eu cheguei aqui, eu ainda tinha sutaque paulista e não confiava em ninguém. Conheci Slash e a gente ficou algumas vezes, mas depois que conheci Izzy soube que era ele. Agora tudo que eu quero é ficar chapada na praia. Quando chegamos na praia Slash se sentou para fazer o cigarro e eu tirei minhas botas para pular no mar.

Quando a água me tocou me senti bem, meu estressee foi todo embora. Fiquei ali no rasinho vendo Slash se aproximar. Ele se apoiou em mim e me deu o cigarro. Fumamos enquanto as pequenas ondas batiam em nossas costas. Não sei quanto tempo ficamos ali, mas sei que não foi pouco. Meu telefone não parava de tocar.

── Quem é? ─ Slash perguntou.

── Advinha.

── Izzy?

Concordei com a cabeça e deitei minha cabeça na areia. Slash fez o mesmo e agora não me sinto mais sozinha.

── Não quero ir para casa agora.

── Então vamos para algum bar ou uma balada.

Concordei com Slash e pegamos nossas coisas. Entramos em um Cabaré só para eu ver como era. Uma Mulher puxou o cacheado e outra me puxou. Me sentaram em uma cadeira e pensei que estava tudo bem, até três mulheres começarem a passar suas unhas  grandes e chamativas pelo meu corpo me fazendo arrepiar.

── O que te trás aqui, querida? ─ Uma mulher loira perguntou.

── Distração. ─ Respondi.

Elas começaram a distribuir beijos pelo meu pescoço e meu lado gay apareceu.

── Não posso fazer isso, tenho namorado. ─ Disse, mas elas riram e não ligaram para mim.

Tudo bem, se eu não beija-las não vai se traição. Mulheres são tão mágicas, não tenho culpa. Slash apareceu ali e arregalou os olhos quando me viu.

── Vamos, Lorena. Já está bom, né?

Eu só fui porque não estou muito ciente e ele me puxou com tanta força que acho que quebrou meu braço. Fomos embora, mas não acabou. Entramos em uma balada. Fui para pista de dança e comecei a dançar com Slash. Cantávamos alto enquanto a música invadia nossos ouvidos. Bebemos, dançamos, bebemos, dançamos e foi assim até seis da manhã.

𝐋𝐎𝐕𝐄 𝐆𝐀𝐌𝐄, 𝗗𝘂𝗳𝗳 𝗠𝗰𝗞𝗮𝗴𝗮𝗻Onde histórias criam vida. Descubra agora