𝗗𝘆𝗶𝗻𝗴 𝗼𝗳 𝗹𝗼𝗻𝗴𝗶𝗻𝗴

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𝐁𝐀𝐑𝐁𝐀𝐑𝐀

AGORA SENTADA TOMANDO CAFÉ e assistindo desenho animado não consigo acreditar no que aconteceu ontem. Eu nunca presenciei algo tão bonito e simples em toda minha vida, parece um filme, mas eu não quero que acabe. Sua voz foi gravada em minha mente e parece que agora eu só sei cantar aquela música.

Espero que hoje seja um bom dia, porque é meu primeiro dia trabalhando e estou nervosa. Duff falou que não poderia me levar porque estaria resolvendo coisas da banda e eu super entendo, pois já fez coisas demais para mim e eu sou grata a tudo.

Lorena ainda dorme e eu fiquei com dó de acorda-la, então apenas deixei um bilhete falando que vou trabalhar. Estou tão ansiosa que minhas mãos as vezes decide tremer e um sorriso feliz também escapa. Desligo a televisão e me olho pela última vez no espelho. Estou a usar uma calça jeans um pouco larga, uma blusa do Beatles, tênis e uma maquiagem leve.

Como disse a Clínica é aqui perto, então vou andando. No caminho vou repensando sobre tudo o que me aconteceu e percebo que acho que estou apaixonada por Duff, mas nunca vou falar para ele, porque sei que não sente o mesmo. Ele faz parte de uma banda, só quer saber de música e mulheres, não posso querer um relacionamento agora.

Assim que avisto a Clínica paro respiro fundo tentando criar coragem. Quando entro uma mulher alta sorri para mim e vem andando graciosamente até mim. Ela é loira e sua maquiagem é forte, mas isso a deixa mais bonita. Seus saltos fazem um barulho satisfatório quando bate no chão branco e limpo.

── Bom dia. Bárbara, certo?

── Sim. - Confirmo, a fazendo sorrir mais ainda.

── Me acompanhe. ─ Ela pediu e eu fui.

A mulher loira me levou para uma sala onde tinha vários jalecos e me entregou um e sorri quando vi meu nome estampado de verde ali.

── Pode vestir, querida. ─ Agradeci e coloquei o jaleco no meu corpo e coube perfeitamente. ─ Agora venha, vou te mostrar sua sala.

Ela me levou até uma sala e me desejou boa sorte. Nas primeiras horas não recebi nenhum animal para cuidar, então apenas ajudei Michael a dar leite para os gatinhos recém nascidos. Fique com dó de os ver sem a mãe deles. Michael disse que a mãe os abandonou. Quando me sentei na minha cadeira uma mulher entrou com um cachorro.

── Bom dia, doutora. Meu cachorro está vomitando deste cedo e ele costuma ser tão elétrico e hoje só ficou deitado no sofá.

Fiz alguns exames e tive que dar a triste notícia que o cachorro estava invenado. Depois de longos horas meu horário de trabalho acabou. Agora são seis da tarde e me despedi de todos. A mulher loira de apresentou e o nome dela é Michele, só lembrei de My Michele. Ele disse que fui boa e eu espero que ela esteja falando a verdade.

Assim que sai um carro buzinou e quando olhei era Duff. Ele saiu do carro e jogou seu cigarro no chão e eu corri para o abraçar. Ele colocou suas mãos em minha cintura e me beijou.

── Como foi o trabalho? ─ Ele perguntou, e alguma coisa me diz que ele se importa de verdade.

── Foi cansativo, mas bom.

Ele me beijou novamente, mas agora me encostou em seu carro.

── Eu estava morrendo de saudades.

── Eu também, Duff. Foi angustiante não ter seu toque em minha pele o dia todo.

Ele sorrio e me beijou de novo. Entramos no carro e ele me perguntou se eu queria ir comer em algum restaurante, mas eu neguei, porque só quero minha cama. Ele me levou até o apartamento de Lorena e se despediu de mim.

── Tchau, até mais, gatinha.

── Até, gatinho.

Ele me beijou e eu subi as escadas do prédio com um sorriso bobo nos lábios. Quando eu abri a porta do apartamento vi Lorena cantando Legião Urbana, fiquei feliz pois nunca mais tinha ouvido uma musica brasileira. 

── Então me abraça forte e diz mais uma vez que já estamos distantes de tudo! ─ Cantei junto com ela, que me abraçou forte.

Quando a musica terminou nos deitamos no sofá cansadas.

── Como foi o trabalho? 

── Foi legal.

── Trabalhar não é legal não.

── Mas eu estava ali com animais e você sabe que eu amo todos.

Rimos e depois de tanta conversa fomos comer. Lorena fez purê de batata e fritou carne, enquanto comíamos ficamos ouvindo Legião Urbana.

── Estou de folga amanhã, quer sair para algum lugar comigo ou já de encontro marcado com Duff?

── Não, não tenho nenhum encontro com Duff amanha. ─ Respondi rindo.

── Então amanha a gente pode ir para o cinema.

── Combinado.

Depois que terminei lavei a louça ficamos assistindo a MTV e depois fomos dormi. Lorena pediu para eu dormi com ela, então peguei minha coberta e me deitei ao seu lado. Eu posso estar longe, mas parece que ele esta aqui comigo. 

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Legião Urbana, eu te amo.

𝐋𝐎𝐕𝐄 𝐆𝐀𝐌𝐄, 𝗗𝘂𝗳𝗳 𝗠𝗰𝗞𝗮𝗴𝗮𝗻Onde histórias criam vida. Descubra agora