𝗜'𝗹𝗹 𝗯𝗲 𝗵𝗲𝗿𝗲

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𝐃𝐔𝐅𝐅

ENTRAMOS NO CARRO E RAPIDAMENTE BARBARA ligou o rádio. Não conheço a musica que toca e ela parece não conhecer também. Esse tempo que passei com ela foi muito bom, espero ter mais oportunidades. Percebi que aos poucos ela foi se aquietando mostrando que o sono estava vindo. Não estamos longe, mas resolvi desacelerar o carro de Slash para que eu passasse mais tempo com ela. Ela tem alguma coisa que me atrai muito e isso me deixa confuso.

Quando chegamos em casa fiquei com dó de acorda-la, mas tinha que fazer. Devagar toquei seu braço que estava frio. Chamei seu nome perto de seu ouvido e ela se arrepiou me fazendo soltar um sorriso. Bárbara abriu seus olhos devagar e quando me viu próximo de seu rosto se virou para a janela. Me afastei me sentindo mal.

── Chegamos? ─ Ela perguntou atordoada.

── Sim.

Descemos do carro e Bárbara ficou na minha frente. Me desculpem, mas não evitei olhar seu corpo e pensar nas possibilidades. Quando chegamos no apartamento de Lorena ela tentou abrir, mas estava trancado.

── Ela coloca a chave em baixo do tapete. ─ Disse e me agachei.

Peguei a chave e abri a porta. Tudo estava fechado, então enquanto Bárbara colocava sua bolsa em cima do sofá eu abri as janelas.

── Ela deixou um bilhete. ─ Bárbara disse, enquanto seus dedos abria um papel branco. ── "Tem comida nas panelas e suco na geladeira. Chegarei tarde hoje, pois vou com Izzy comprar uma guitarra nova. Se cuidem, amo vocês. Com rock 'n' roll, Lorena."

Ela leu a carta com um sorriso nos lábios. Me sentei no sofá e ouvi a porta da geladeira ser aberta.

── Quer gelatina?

── Não, obrigada!

Ela fechou a geladeira e se sentou do meu lado. Liguei a televisão e assistimos qualquer coisa que estava lá. O sono começou a me pegar também, mas lutei contra, queria ficar com ela. Fechei meus olhos, mas os abri rapidamente.

── Está com sono? ─ Ela perguntou, com uma voz baixa e calma.

Meu interior ferveu quando ela se aproximou e deitou minha cabeça em seu ombro. Suas unhas grandes e vermelhas faziam massagem em meu coro cabeludo. O sono me nocauteou.

── Durma, não vou sair daqui.

Essas foram as últimas palavras que eu ouvi antes de apagar de vez.

𝐋𝐎𝐕𝐄 𝐆𝐀𝐌𝐄, 𝗗𝘂𝗳𝗳 𝗠𝗰𝗞𝗮𝗴𝗮𝗻Onde histórias criam vida. Descubra agora