Capítulo 21

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AVISO ESSE CAPÍTULO TEM UMA CENA MUITO PESADA, SE FOR SENSIVEL RECOMENDO A TOMAR CUIDADO.

Quando eu abro os meus olhos me vejo apoiada pelo que parece ser as pernas de alguém, nós não estamos mais no celeiro, quando olho para as minhas pernas vejo curativos, mas eu ainda posso sentir o ardor da carne ferida, quando olho para cima vejo Lee Chun-Jae acariciando o meu cabelo, eu não me mexo eu não posso me mexer, eu não quero mais me machucar.

Ele olha para mim como um assassino olha para sua vida.

- Você é tão pacifica quando dorme, sempre achei você adorável enquanto dormia - ele fala e eu queria poder me encolher, fingir que isso não é real - Eu tenho que ir fazer uma coisa, você pode cuidar do Sebastian pra mim? Eu tive que calar a boca dele com fita porque ele não parava de falar.

Me levanto calmamente e olho em volta na sala preta repleta de fotos minhas, fazendo milhares de coisas, comendo, dormindo, fazendo sexo com Taehyung, fotos de mim sozinha no apartamento, nua no banho, como se ele tivesse uma câmera em todos os lugares que eu frequentava, tinha uma foto do que parece ser por baixo da minha mesa várias delas, algumas com calcinha outras não, ele colocou uma câmera em tudo.

Bastian está preso a outra coluna, ele esperneia e tenta falar contra a Silver Tape na sua boca, tem um corte no seu supercilio e alguns hematomas no rosto.

- Você disse que não ia machuca-lo mais - eu digo olhando nos olhos de Bastian, Lee Chun-Jae acaricia o meu cabelo.

- Não eu disse que não ia matar ele, não falei nada sobre machucar - ele sussurra trazendo a boca para perto do meu cabelo - Se tentar desamarra-lo eu vou matar vocês, lembra que eu vejo você a todo o momento, eu tenho o controle de uma bomba que está nessa sala e se vocês se comportarem mal, ela vai explodir.

- Aonde você vai? - pergunto olhando para ele, mesmo que com medo, minhas pernas doem tanto, ele sorri diabolicamente.

- Trazer mais uma pessoa para a nossa festa particular - ele fala e se levanta, observo enquanto ele caminha até uma enorme porta de ferro, que tem 4 fechaduras, ele abre todas rapidamente, a arma brilha na sua cintura.

- Não precisa trazer mais ninguém - digo e ele para de abrir as fechaduras só para me olhar - Nós podemos ficar os dois sozinhos sem ninguém, eu não quero mais ninguém.

- Isso é bom, quer dizer que você está começando a entender o quanto me ama - ele fala e eu sinto nojo de cada palavra que sai da sua boca, ele se vira para as fechaduras outra vez - Mas eu preciso resolver alguns problemas.

Ele abre a porta e eu escuto enquanto ele tranca ela pelo lado de fora, espero alguns segundos depois que o silêncio chega e engatinho até Bastian os meus joelhos doem tanto, ele nega com a cabeça para que eu pare mas eu quero saber se ele está bem, me ajoelho na frente de Bastian e com cuidado tiro a fita cinza da sua boca.

- Ai, ai - ele reclama quando estou quase no fim, seu lábio também tem alguns cortes, quando olho para o seu rosto machucado e depois para a sua perna com um curativo ensanguentado começo a chorar em silêncio - Ei, qual foi nenhuma menina antes chorou de olhar para esse rostinho lindo, eu sei que é emocionante ver alguém tão bonito quanto eu, mas não precisa chorar.

- Bastian me desculpa, me desculpa - olho para os meus próprios curativos, apoio a minha cabeça no ombro dele, seu corpo ainda está amarrado por cabos de aço.

- Está tudo bem, tudo bem - ele tenta me consolar com a voz calma - Eu garanto que eu continuo mais bonito do que você.

Eu sorrio mesmo em meio as lágrimas, me afasto e olho nos olhos dele.

Os astros se atraem - Parte Final Onde histórias criam vida. Descubra agora