Capítulo 23

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Jin:

Quando eu entro acompanhado da polícia, saio correndo pela casa vazia, não há moveis algum, não há nada é como se ninguém morasse aqui, como se fosse uma casa fantasma, que contém todos os nossos medos.

Eu escutei o som do carro, mas é como se o meu coração puxasse para outro lugar, alguns policiais me seguiram, pedindo pra mim voltar, mas como eu poderia, como eu conseguiria voltar se o meu coração me guiava para onde eu deveria ir.

Desci os degraus daquele buraco no chão, porque eu sabia que ele não estava lá atoa, sabia que ele significava algo, cada degraus daquela escada assustadora e escura, quando eu passei pela porta, meu coração que antes estava nas mãos para de bater.

Paty está amarrada contra uma cadeira, sangue escorre pelo seu corpo, sua cabeça está caída para a frente, corro até ela e levanto a sua cabeça sentindo a minha respiração mudar de ritmo.

- Querida, querida - chamo por ela enquanto afasto seus cabelos cacheados e ruivos da sua face, os policiais que estavam atrás de mim, chamam por socorro, vejo o ferimento em seu peito sangrando, ele atirou nela, mesmo com ela não representando perigo nenhum - Patrícia por favor, por favor.

- Jin - ela sussurra ainda com os olhos fechados, eu procuro em cima da mesa por uma faca ou tesoura mas não há nada, puxo a braçadeira com duas mãos e arrebentando o plástico, seu corpo caia pela frente e eu tento pressionar o ferimento para que ele pare de sangrar, mas tudo que acontece é a minha mão tomando um tom carmim - Ele.. ele...

- Shhh não fala nada, não precisa falar - sangue escorre para o chão, eu não sabia que tinha tanto sangue assim dentro dela, olho para a sua barriga, aonde o nosso bebê está - Você vai ficar bem.

Tento convencer mais a mim do que a ela, Paty levanta os olhos para mim, com a cabeça apoiada na minha mão.

- Ele vai mata-la - ela fala com a voz quase inexistente - Ele... tocou nela... agora... vai mata-la...

E então ela desmaia, abraço o seu corpo em busca de ajuda, preciso que alguém venha nos socorrer, pois eu não posso mais viver sem a minha senhora Kim.

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Taehyung:

Quando o carro voo para o rio parecia que o mundo não era real, nada estava certo, tudo estava caindo aos pedaços. Day caiu da ponte dentro de um carro com um maluco.

Os policiais começaram a correr de um lado para o outro, gritando por barcos e socorro, pedindo por ambulâncias, enquanto eu caminho até a beirada da ponte aonde a grade foi arrancada, não acreditando que aquilo está mesmo acreditando, quando eu olho para a água não vejo mais o carro.

A água do rio, a noite parece ainda mais escura, eu estou paralisado, aonde esse carro caiu? Aonde eu tenho que pular para salvar o meu amor?

Arranco a minha camisa e começo a abrir a minha calça, tirando todo o peso extra do meu corpo, meus olhos fixam na água, eu só preciso de uma bolha para saber aonde eu tenho que procurar.

- O que tá fazendo? - ouço a voz de Jungkook mas não tiro os meus olhos da água - Você não vai fazer o que eu acho que vai fazer não é mesmo?

Eu não fazia ideia de como Jungkook estava ali, mas havia dois corpos, não, duas pessoas que tirar do fundo das águas, então eu ia precisar de ajuda, eu não falo uma palavra sequer, mas pelo canto dos olhos vejo ele arrancando a camisa.

- Meninos nem pensem... - o policial começa é então que depois de minutos torturantes eu vejo a primeira bolha de ar subir.

- Ali! - aponto para aonde a bolha de ar subiu, eu respiro fundo e pulo sem pensar duas vezes, pronto para salvar Day ou morrer tentando.

Os astros se atraem - Parte Final Onde histórias criam vida. Descubra agora