03 ══ não é da sua conta

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TAEYONG APROVEITOU PARA FICAR EM CASA COMPLETAMENTE QUIETO, deitado no sofá enquanto pensava no que iria fazer para tentar saber como tudo aconteceu e se tinha alguma coisa que eu poderia fazer para impedir que mais ninguém fosse mordido. Ele podia estar estudando sobre isso, de facto, mas preferiu se deitar, e ainda pensar na garota que veio até ao Choi.

Isso lhe fez perder brevemente nos pensamentos, parando de pensar no assunto de ter mordido Yuta e começando a pensar na garota. Nunca a tinha visto, mas ele se encantou com apenas uma olhada. Talvez porque ela era de origem diferente? Ele não faz a mínima ideia, mas se pegou pensando nela e rapidamente tentou se desviar desses pensamentos, olhando as horas e vendo que já eram duas e meia. San tinha dito que Yuta acordava mais ou menos nessa hora, então o que ele fez foi o procurar com a sua velocidade vampiro, vendo-o entrar numa loja de conveniência.

— Bom dia ou boa tarde, como queira. — Yuta se assustou quando viu o Lee atrás dele.

— Que susto, moleque!

— Eu sou mais velho que você.

— Desculpa, seu rosto não equivale à sua idade.

— É... Já me disseram parecido.

— Mas então, o que está aqui fazendo?

— Falei com o San.

— Hmm, e como correu? Não gritou com ele, pois não?

— Não, ele não tem culpa. Quem tem culpa é você.

— Osh, você que tem culpa!

— Não disse o contrário. Mas do San não sou eu o culpado. Se bem que até ele tem uma culpa por estar traindo a namorada.

— Isso não vem ao assunto, ok?

— A namorada dele por acaso tem mesmo características ocidentais?

— Porque quer saber?

— Porque talvez fosse ela quem estava com ele. Já que ele disse que você era o único que ele ficava nesse tal de relacionamento aberto. Mas quem sabe, ele possa estar mentindo, não é?

— Ora aí está, ele está num relacionamento aberto, ele não está traindo ninguém.

— Mas as outras pessoas que você come já estarão, não?

— Isso não te interessa. Nós temos o nosso assunto, não se meta nas outras vidas alheias.

— Ok, você tem razão. Só tenho raiva de você ser um completo talarico.

— Foda-se. — Falou o palavrão. — Não é da sua conta. — Taeyong respirou fundo, vendo o maior pegar algumas comidas que não sabia sequer que aquilo existia enquanto colocava num pequeno cesto. Ele não olhava para o Lee, mantinha seu olhar focado nos preços, e ainda pensava ou não se levava, e isso tudo enquanto dialogava com o mais velho.

— Eu sei que não é da minha conta, mas eu quero realmente saber se a namorada do San tem características ocidentais.

— Ela tem. Mas porque quer saber?

— Sei lá, se for mesmo ela que eu vi com ele... Ela é bonita. — Yuta pegou seu celular, colocando o código nele apenas com uma mão numa velocidade rápida, abrindo a galeria e esticando seu braço na direção do Lee.

— Veja se é ela. — Taeyong pegou já que o japonês insistiu nele pegar, também porque queria pegar algo que precisaria dessa mão. O mais baixo viu a foto, apreciando a garota, após confirmar que era mesmo ela. — É ela?

— Sim. Ela mesma. Como ela se chama?

— Beatriz Wong. Ela é minha melhor amiga. Mas digamos...

— Vocês já ficaram?

— Apenas uma vez. Mesmo tendo um relacionamento aberto, ela não costuma ficar com ninguém. Só ficou comigo uma vez mesmo.

— Mas enquanto namora o San? — Ele assentiu positivamente com a cabeça.

— Nem sei porque estou te dizendo isso, mas ok.

— Quantos anos ela tem?

— Vinte e um. — Taeyong não conseguiu hesitar em arregalar seus olhos?

— Jurei que ela tinha dezoito, ou sei lá. Digo isso porque você é bem mais velho.

— Tem quem diz que ela tem quinze anos, não te julgamos.

— Ok, ela tem carinha, mas como você falou o que falou, ela tinha que ter maioridade, pois se não, você e o San estariam presos. Pera, é assim né? — A última frase ele falou num tom baixo, perguntando.

— Sim é, se chama pedofilia o crime. Eu mesmo pedi  identidade a ela porque eu deixo na cara que não fico com menores, e ela parece realmente ter uns quinze por causa do rosto, altura e voz. Admito que já esperei ela fazer dezoito, mas só fiz algo com ela há pouco tempo. Eu sou bem mais velho que ela, nem sei como aconteceu.

— E está me perguntando a mim?

— Eu não te perguntei nada.

— Você entendeu.

— Não entendi e também não entendo porque estou te falando essas coisas. Nada da nossa vida te interessa.

— Infelizmente a sua me interessa. Mas você sabe o porquê.

— Mas sobre ela não te vem ao acaso. Eu mordi o San, não ela.

— Nunca se sabe.

— Admita logo que você quer se meter na minha vida mais do que já se meteu!

— Porque eu vou admitir algo que não é verdade?

— Então porque está me perguntando isso?

— Porque eu queria saber, .

— Você é um coscuvilheiro. Isso sim. Tem cuidado. Não é porque você é o que é que pode se meter na vida das pessoas assim.

— Mas eu tenho razões quanto ao seu caso!

— Mas eu volto a dizer a mesma coisa. Ela não vem ao acaso. Eu mordi o San, não ela!

— Mas eu quero saber sobre ela também.

— Então fala com ela. Tira uns papos com ela. — Taeyong arregalou os olhos.

— Quê? Está louco? Nem a conheço.

— Todos são desconhecidos até conhecer, sabia? Eu era desconhecido para você até fazer o que me fez.

— Uma coisa não tem nada a ver com a outra. Você era a minha presa. — Falou entredentes a última frase. Eles falavam quase em tom de sussurro, agradecendo por ter entrado uma mulher que se meteu a falar com quem estava na caixa, fazendo com que a conversa deles não se ouvisse mesmo sendo em tons baixos.

— Eu acho que sim. Uma coisa tem a ver com a outra.

— Você além de talarico é um chato de primeira. Maldita hora que eu te escolhi para ser a minha presa.

Fui morder um talarico e olha no que deu ══ lee taeyong Onde histórias criam vida. Descubra agora