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                                                                                               Liana

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                                                                                               Liana

O reino das Luas. O temível e pavoroso povo pálido, que não tem coração, nem alma.

Suas cidades com certeza têm alma.

Pegamos uma longa estrada depois da floresta até a cidade de Procyon, na Província das constelações. A capital.

Suas cidades pulsam de energia e vida. Todos correm para lá e para cá, felizes com alguma coisa. O padrão da aparência é variado. Altos, baixos, magros, gordos. A grande maioria de cabelos negros como a noite e pele pálida como o dia, há muitos de pele escura também. Os olhos variam entre azul e um acinzentado. A maioria carrega consigo pedrinhas na clavícula, iguais às do soldado. De diferentes cores, mas no mesmo lugar. Deve ser um costume estranho da nação. Já que quase todos parecem usar.

— Liana.

Clove dá um cutucão forte no meu braço para que eu me abaixe e esconda meu rosto. A obedeço. Ela treinou por anos, não se duvida de uma profissional. Seguimos entre a festiva nação, tento não encarar as pessoas, mas é mais forte que eu. Observo os vendedores e comerciantes, todos sorrindo e chamando clientes. As crianças correm em volta da fonte sorrindo e fugindo de suas mães. Cães e gatos correm por entre as pequenas e floridas vielas. As flores são de uma tonalidade escura e azulada, já a vegetação, segue da cor habitual, verde.

Estranho a alegria do lugar, não esperava que fossem assim. Não viajei muito pelo reino do Sol, mas sei que não temos essa alegria.

Os hotéis e hospedagens começam a surgir no fim das ruas do centro, com pequenas casas do vilarejo logo em seguida, todas com lindas flores nas janelas exalando alegria. As casas nobres devem ficar mais ao norte da cidade, perto do nosso destino. O palácio.

— Certo. Wick é o que tem mais empatia, ele vai convencer um humilde morador, a nos dar um pouco de comida e água.

Clove entrega batidinhas leves no ombro do rapaz, que não gosta nem um pouco da ideia.

— Você só pode ter ficado louca. — Ele diz em tom de voz ignorante. — Aqui não é o reino do Sol Clove, não espera mesmo que abram a porta e sejam receptivos.

— Ah, pelo amor dos sóis, deixe de ser medroso Wick Willians. — Ela não gosta do tom de voz do parceiro, e responde na mesma moeda. — Você consegue.

Estamos parados no meio das ruas dos vilarejos. Muito distantes da floresta, do muro, e de casa. Clove tem o plano de finalmente descansar, e logo depois seguir para o castelo. Mas Wick teima em não concordar com a ideia de ficar na casa de um estranho. Sinceramente estou com ele.

— Clove como confiar...

— Olá. — Uma voz nos interrompe. — Estão perdidos? — Uma jovem de cabelos estranhamente platinados e olhos azuis como o céu da manhã, se aproxima. Isso nos deixa completamente tensos. — Querem ajuda?

Reino dos Eclipses vol.1Onde histórias criam vida. Descubra agora