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                                                                                           Àsdis

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                                                                                           Àsdis

O sol me cega quando abro os olhos.

Tento me localizar, apenas vejo um toldo de folhas sobre minha cabeça. Levantar dói muito, então permaneço deitada. Sinto a grama sob mim, então acredito que estejamos na floresta, o quão longe eu já não sei.

Os pássaros soam felizes ao redor, os insetos continuam a fazer barulhos leves ao fundo. E tudo parece o mais normal possível. A memória da noite anterior volta lentamente ... O sangue, a dor, as mortes... Meu pai.

Meu pai partiu. Sei que se orgulhava de que eu sou, mas era a cima de tudo meu tutor, meu rei. Acho que a melhor figura paterna que apresentou foi para Liana. Mas ela foi ingrata de mais para ver o amor dele.

E agora nenhuma de nós jamais verá.

Imagino se a notícia da tomada do reino chegará onde ela está.

Passos fazem as folhas secas quebrarem, e duas figuras aproximam-se.

Efraim. Vivo, limpo e sorridente, olha-me ao lado de... De Maryh, a criada, ela me encara séria e avalia meu estado, quando se convence de que não estou morrendo, vira-se para a outra mulher. Ruiva, olhos opacos e distantes, como se ninguém estivesse ali. Minha mãe.

Volto-me em sua direção com um sobressalto, e isso dói mais do que imaginei, cerro o maxilar para conter o grito.

— Calma Àsdís — Efraim resmunga baixo.

— O que houve com ela? — gaguejo.

Maryh me estuda com um sorriso triste, e após intermináveis segundos ela se permite dizer:

— Freya está em estado grave de choque. Pode demorar semanas para voltar.

Franzo as sobrancelhas.

— Ela estava bem quando entrei na sala do trono... Por que está assim agora?

A criada olha de Efraim para mim, hesitando em responder. Mostro os dentes para ela, exigindo uma resposta clara.

— Sole estava na cabeça dela. Ela quebrou as emoções dela, seja lá o que fez — diz cautelosamente — Não achou que ela nos deixaria escapar impunes, achou?

Por um momento, eu realmente acreditei que sim. Uma esperança tola.

— E você vai conseguir andar em algumas horas, o suficiente para escaparmos até o muro.

Eu congelo, devo ter ouvido errado e por isso inclino a cabeça, querendo um pouco mais de transparência.

— Vamos até Procyon — Efraim revela, e meu coração salta. Procyon. Essa é uma cidade do... — Sim, vamos até lá. Não tem mais lugar para nós aqui. Sole tem soldados por todas as partes. È questão de tempo para nos acharem. E se quer viver, e um dia ter seu trono de volta... Uma aliança não cairia mal.

Fico sem palavras... È um plano suicida, insano e completamente desestruturado.

— Enlouqueceu? Vão nos matar — sibilo em resposta, contendo a dor — E sua família?

Uma sombra cobre seu rosto.

— Estou fazendo isso por eles também — suspira — Está na hora de tentar ago novo, princesa — Efraim inclina a cabeça e abre um sorriso maldoso — Chegaremos ao anoitecer.

Ele tinha razão em parte. Talvez tentar algo apenas novo, com os inimigos...

— Vamos ter nossa aventura, afinal de contas — sorrio maldosamente

Reino dos Eclipses vol.1Onde histórias criam vida. Descubra agora