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                                                                                        Jaqueline

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                                                                                        Jaqueline

— Eles lutaram com Wick, o garoto era mais rápido e poderoso, nem viram o que os atingia, antes de já estarem inconscientes.

Radeon relata tudo o que o desertor revelou enquanto limpa as mãos na pia de uma cela mais distante.

— Liana salvou Ryzen, mas sumiram há dois dias.

— È, eu sei — as palavras não passam de sussurros, prevenção contra as outras duas celas, cada uma com três desertores. Machucados e com olhares raivosos. Um dia foram lordes e damas da corte, mas quando perderam seus cargos no novo governo de meu pai, se tornaram seres de raiva e morte — Nada mais?

O general nega com um aceno, os lábios formando uma linha fina.

— Ele ainda resiste, não disse nada mais.

Dou de ombros e volto-me para a cela do desertor, os olhos negros brilhando em minha direção, os lábios cortados, o rosto quase irreconhecível. Vai ser divertido.

Meus passos são lentos e soam como a morte encarnada chegando para estraçalhar sua presa.

Os outros desertores encolhem-se e se entreolham, certamente, me reconhecendo.

— Vamos pular as apresentações — disparo e inclino a cabeça, letal como um raio. O oxigênio do desertor é retirado, e em segundos ele se debate na parede, os olhos saltando.

Reparo levemente nas vigas especiais usadas, a planta cheia de espinhos, o veneno roxo pingando no chão. Essa é a única substância em Anara capaz de paralisar os nossos poderes, não dura muito, por isso a implantamos nos prisioneiros. Com a corrente de vigas em volta dos pulsos e tornozelos, mantidos cuidadosamente por quem domina a terra... O prisioneiro poderia ficar indefeso para sempre.

Solto lentamente o ar para os pulmões do líder. E ele convulsiona, chorando de alívio.

— Vai me dizer algo útil sobre vocês? — pergunto docemente.

Ele me olha com raiva, e em uma das mãos faz um sinal vulgar.

— Vai se fuder, vadia.

— Isso não é uma resposta.

cerro os olhos, e retiro o ar novamente,

E depois de um minuto inteiro devolvo.

E retiro.

E devolvo.

E retiro por dois minutos quase completos.

Essa sequência repete-se por longas e longas horas. Mas não estou perto de acabar.

                                                                                    *

O líder já está quase cinza quando olha-me implorando para que eu pare, os olhos cheios de dor, manchados de medo.

Reino dos Eclipses vol.1Onde histórias criam vida. Descubra agora