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                                                                                             Liana

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                                                                                             Liana

Azura está se penteando na frente do espelho de seu banheiro. O banheiro não é grande coisa, mas é funcional.

Agora, tenho uma semana, apenas uma semana para descobrir um jeito de me livrar da prova lunar. Não vai ser fácil. Principalmente, porque recusei a oferta de ajuda dos espiões.

Mas, não posso arriscar fazer mais ninguém morrer por mim. Clove me evitou nos últimos dois dias desde nossa conversa no depósito. Contudo, sei por Wick, que ela tem planos para a noite da seleção lunar. Obviamente, não fui convidada a participar. Estarei ocupada demais tentando não morrer.

Fico parada a porta, enquanto Azura começa a cantarolar uma cantiga baixa e rítmica. Mais parecendo um ronronado. Odeio atrapalhar sua familiar e irritante felicidade. Nunca conheci ninguém que sorrisse mais que Azura Brow.

Aproximo-me devagar e paciente. Pensando em como perguntar se eu tenho a opção de não fazer a seleção.

Lembro-me que ela me disse algo do tipo, mas sinceramente, não me recordo de metade de suas palavras que não sejam sobre as Sterrenbeeld.

Azura não tem a sua, e me pergunto que poderoso elemento suas veias carregam.

— Vai ficar a porta? — Ela se vira do nada jogando sua cabeleira branca por cima do ombro. — Não te vejo a uma semana, Liana. — Azura estreita os olhos, irritada. Sua voz está mais seria do que o normal, isso me causa certo impacto. — Por onde andou? Achou seu bracelete?

A menção ao bracelete me faz tocar o local onde costumava ficar. Não o achei, e ela sabe disso. Balanço a cabeça negativamente, para lhe responder mesmo assim.

— Preciso saber de uma coisa importante com você. — Aproximo-me hesitante. — È urgente.

A criada volta a olhar o espelho e a cantarolar sua melodia. Então, ela para, e me olha pelo reflexo. Seus olhos lembram-me a cor do oceano mais escuro. São igualmente profundos, mas costumavam estar cheios de alegria... Agora uma sombra obscura e sombria os cercam de vez em quando. Não sei — ou, não reparei, se algo mudou desde o dia do atentado. Contudo, parece evidente, que algo nela não está certo.

Mas mesmo assim, Azura abre lentamente o melhor sorriso que consegue, e logo seus olhos se iluminam.

— Diga-me onde esteve, e lhe ajudarei.

— Estive ocupada com a família real. — A mentira sai fácil. Estou ficando boa nisso. — Sabe como é. Amo meu trabalho. E acabei nem me ligando do resto. Desculpa-me Azura.

Ela sorri e se vira por completo para mim. Parece mais confiante, pega-me de surpresa quando me entrega um abraço amigável. Tento não me afastar, até porque, duas noites atrás, estava nos braços do general real.

Reino dos Eclipses vol.1Onde histórias criam vida. Descubra agora