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                                                                                         Jaqueline

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                                                                                         Jaqueline

Minha cabeça lateja, sinto que meu cérebro vai explodir. Talvez não tenha sido uma boa ideia beber tanto, na noite anterior.

Mas não tenho tempo para sentir arrependimento.

Salto da cama, jogando o roupão para o alto, deixando exposta minha pele nua. Corro para o banheiro, a fim de me lavar e colocar algo que preste no meu guarda-roupa.

Como sempre, a banheira não está cheia, acho que minha criada não entende o significado da palavra "criada."

Faço eu mesma então. Abro a água. Verifico a temperatura, nem quente, nem fria. Morna. Sento-me na beirada de mármore, observando a água subir rapidamente.

Quando entro, sinto o leve calor me envolver, repasso os acontecimentos dos dias passados. Novas criadas completamente inúteis, e claro, o ataque. Não sei o que me aflige mais, ter novas estranhas na minha casa, cuidando de nós. Ou, um ataque rebelde no meio da minha medíocre festa de aniversário. Que belos vinte um anos.

Meu gêmeo não parece incomodado, parece nem se importar na verdade. Temos duas semanas, duas semanas para apresentar um plano decente. Ryzen está certo em alguns pontos, nós estamos muito tempo na defensiva, tempo de mais. Está na hora de revidar.

Não que eu o apoie pelos motivos certos, só o faço porque é meu irmão. Não porque eu ligo para quantas pessoas vão morrer, ou para trazer paz a um reino que nem sabe o que a palavra quer dizer.

Faço uma concha com a mão e pego água para molhar meus cabelos negros. Repito diversas vezes, até convencer-me de que qualquer areia do dia anterior tenha saído.

Teve uma coisa boa no meu aniversário.

Uma pessoa, na verdade.

Uma batida tira-me dos meus pensamentos profundos. Grito para entrar. Ryzen não me procura essa hora da manhã, nem meus pais. Então, não devo me preocupar em ser vista no banho.

— Você acordou — Jake diz com o sorriso mais apaixonante que já vi. — Nem me convidou.

Dou uma risada maliciosa e inclino a cabeça para trás, até estar submersa. O mundo em baixo da água parece quieto, silencioso demais para mim.

Prefiro o agitado mundo real.

Subo levemente e encontro meu criado sentado na borda, com a toalha branca nas mãos brancas e quentes pelo poder abrasador. Dou mais um risinho e aceito a toalha.

Caminho em seguida na direção do quarto de vestir, Jake acompanha-me com os olhos cheios de desejo. Um desejo perigoso. Proibido.

Tenho que terminar com ele.

Reino dos Eclipses vol.1Onde histórias criam vida. Descubra agora