Capítulo Especial - Madame Soraya

107 18 14
                                    

Os beijos de Yancy são intensos como uma tempestade, a cada toque é como se uma enorme corrente elétrica percorre-se todo o corpo de seu alvo, seus lábios são viciosos e refrescantes como uma tarde de chuva… Iracema nem tinha tempo para respirar direito, pois ele lhe retirava todo o ar sem qualquer pausa de um jeito voraz e único… Ele passou os braços por sua cintura, sorrindo, um sorriso mais lindo que as estrelas do céu. Ele pegou a mão de Iracema e foi beijando até seu cotovelo lhe dando leves choques que a deixaram mais louca. 

-Ah! Haha você vai me matar desse jeito, nossa - disse ela atordoada pela turbilhão de emoções do momento. - Não faz ideia de como sonhei com isso. Mas eu acho que você está com muita roupa? Vamos, tira ela para mim, meu gostosão do trovão. 

Ele sorriu de forma cretina. 

-O que desejar, minha rainha - Ele tomou os lábios dela para si de novo e depois começou a tirar a roupa devagar. 

Os olhos de Iracema brilharam, mas sua felicidade terminou no momento que Yancy por algum motivo pegou um travesseiro e começou a bater nela e a gente gritar: 

-Acorda! Acorda! - dizia ele. 

Não demorou muito para a voz dele sumir e dar espaço a uma voz de mulher e neste exato instante, Iracema despertou de seu sono com um grito… Yancy não estava ali de verdade… Era um sonho! Um sonho! E o pior é a voz rindo, mesmo a tônica ao acordar, Iracema conseguiu ver quem era a causadora do fim de seu pequeno momento de felicidade, pois não é sempre que semideuses possuem sonhos felizes. 

É a Ângela, sua irmã mais velha por parte de mãe. Uma das irmãs que Iracema mais ama. Cabelos loiros desdenhados, olhos verdes, com um corpo atlético e em forma, trajado inteiramente com uma camisa vermelha, jaqueta e calça jeans, com colares no pescoço e um tamancos enormes nos pés. 

-Bom dia minha linda - sorriu ela - Que saudade! 

Ela abraçou Iracema imediatamente, cheia de carinho e ternura, Iracema correspondeu o abraço, também sentia saudade, mesmo que elas conversassem por mensagens, nunca é a mesma coisa. 

-Esse lá  é jeito de acordar sua irmã favorita? Voltamos ao tempo das cavernas? - perguntou ela ainda sentindo o golpe das travesseiradas. 

-Favorita desde quando? Hehe - riu ela. - Sua boba, está tudo bem? Anderson disse que você chegou e já foi dormir, fiquei com pena de te acordar quando cheguei. 

-Está… Hã, está tudo ótimo. Eu só estava cansada mesmo - sorriu Iracema - Sempre chego destruída do acampamento. 

Sua irmã fez aquela expressão curiosa que Iracema já esperava, ela sempre quis saber que local é esse, sempre quis ir até lá e ver onde Iracema fica, mas por algum motivo, nem ela e sua mãe facilitam isso. Tudo que ela sabe é que é um local para garotas se divertirem como se fosse uma colônia de férias, no entanto sua feição curiosa foi tomada por um sorriso travesso e saliente. 

-Então, nesse acampamento de garotas tem homens também? Pois você estava falando sem parar o nome de um tal de Yancy e pelo jeito a coisa tava muito boa, falando? Vamos dizer gemendo mesmo - riu ela - E ai? Quem é ele? 

-Meu Deus! Eu tava falando dormindo? - Iracema fez uma careta, mas sem ficar envergonhada. - Achei que tinha parado com isso. E o Yancy é um garoto de 16 anos que eu sempre tive uma queda, ele é hã… filho do dono do acampamento. 

O que tecnicamente não deixa de ser verdade. 

-16 anos? Mulher, você já tem 18 e ainda está atrás de adolescentes? - sorriu Ângela. 

-E qual o problema? 2 anos de diferença, e você que 2 anos atrás estava dando em cima de um idoso rico de 60 anos da França  e você tinha 28? Hein? - questionou Iracema. 

Livro 3: Kauê e os filhos da Amazônia - O Sangue De EldoradoOnde histórias criam vida. Descubra agora