capítulo 19

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"Esse é Gabriel Froede".

O nome do garoto se repetia diversas vezes na minha mente, olhei para o sorriso superior de minha mãe e cerrei os dentes.

Não seja grossa, Carolyna, não seja grossa.

— Sinto muito, mas eu tenho que estudar. –
Falei olhando para minha mãe.

— Oras Carolyna, você estuda no sábado, não seja mal educada. - Sorri forçada.

- Então me deixa estudar, assim serei
educada. - Falei quase implorando para
minha mãe.

- Fique com o senhor Froede, enquanto
teremos uma reunião. – Ela se virou para o
garoto. - Fique a vontade, sinta-se em casa.

- Bem difícil, na minha casa só tem cinco
quartos. - Ele disse fazendo minha mãe rir.

A mulher começou a se afastar me deixando sozinha com um desconhecido, arregalei os olhos e pedi um minuto com a mão, saí correndo atrás da minha mãe.

- Mamãe, você vai me deixar sozinha com
ele? - Entrei na sua frente.

- Sim.

Esperei ela dizer mais algo, mas ela apenas
se virou e foi embora, me deixando com uma cara incrédula.

O garoto acenou para mim como se quisesse avisar que ainda estava ali. Me aproximei acanhada, ele sorriu e cruzou os braços.

– E ai? O que você faz aqui?

— Eu moro aqui. – Revirei os olhos.

- No tempo vago?

- Estudo (?).

- Coisas para se divertir?

- Temos uma biblioteca enorme. - Ele
revirou os olhos, pensei em outra coisa – Ah, temos um salão de jogos, é para os alunos.

— Então vamos. - Ele começou a andar na
minha frente, na direção errada.

— Mas... Fica para lá. – Ele me olhou por cima do ombro e riu divertido.

- Eu sabia. - Ele balançou a cabeça e deu
meia volta.

Dei risada e andei atrás do garoto, talvez
passar algumas horas com ele não fosse tão
ruim assim.

Pedi para que meus guardas não me
seguissem, eu estava bem e Gabriel
parecia ser inofensivo.

O garoto falava sem parar o quanto o castelo era bonito, nada passava despercebido pelo seus olhos. Entramos no salão de jogos e vi seus olhos brilharem.

- Minha nossa, que lugar lindo, acho que vou chorar. - Ele disse.

- Por que? - Falei preocupada.

- Esse lugar é simplesmente magnífico. - Ele
juntou os dedos e beijou, como um cidadão
italiano.

Dei risada e neguei com a cabeça, Gabriel correu na frente olhando tudo com admiração, parecia uma criança em uma loja de brinquedos, ele pegou as raquetes do tênis de mesa e me entregou uma.

- Vamos jogar!

- O que? Não! Eu não tenho coordenação
motora.

— Ótimo, então eu já tenho uma vitória
garantida.

Empurrei seu ombro e marchei até a mesa,
peguei a bolinha branca e esperei o garoto se preparar, deixei a bolinha pingar na mesa e então bati a raquete na bolinha, talvez forte demais, já que ela voou para o outro lado da sala, passando próximo ao rosto do garoto, Gabriel olhou assustado para trás e depois para mim.

Destination Traits - CapriOnde histórias criam vida. Descubra agora