capítulo 56

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Priscila e eu descemos de elevador com as
mãos dadas, eu me sentia protegida apenas
por Priscila segurar minha mão, chegando no térreo Bob nos deu um sorriso de aprovação, a mulher do meu lado acenou com a cabeça e abriu um sorriso charmoso para mim. O dia não estava tão frio quanto o anterior, ainda nevava um pouco, mas nada que dificultasse nossa vida. Assim que saímos do prédio, Priscila largou minha mão para correr e xingar o motorista do caminhão que limpava as ruas.

- Filho da puta! Olha o meu carro, seu
desgraçado. - Ela gritou apontando para um
monte de neve.

Seu carro estava coberto até o teto, estava
quase invisível no meio de tantos flocos
branco. Priscila começou a chutar a neve das rodas do seu carro, além de passar a manga do sobretudo sobre o para-brisa dianteiro da enorme BMW.

— Maldita neve. – Ela xingou ainda tentando tirar a neve da lataria do carro.

- Eu vou pegar uma pá.

- Não, para quê? Não é necessário. – Priscila
segurou minha mão. – Vem cá. – Ela deu a
volta no carro e abriu a porta do passageiro. - Pronto, entre.

— Mas era para limpar a frente...

– Lua, meu carro é um monstro, ele passa
por cima. - Ela falou orgulhosa.

— É, eu sei. – Falei entrando carro.

O carro era alto e elegante, o estofado era de couro bege, coloquei o cinto e observei Priscila dar volta no carro e assumir seu lugar atrás do volante, ela colocou o cinto, ligou o carro e o aquecedor também.
Era possível Priscila ficar incrivelmente sexy dirigindo? Sim, era possível. A ruiva jogou seus cabelos para trás e manobrou o carro, saindo com facilidade daquele monte de neve.

[...]

Priscila dirigia rápido, porém ela tinha uma
atenção que eu provavelmente nunca teria.
Observar Priscila dirigindo era excitante, tive que olhar para fora da janela para eliminar os desejos impuros da minha mente, tentei imaginar em qualquer coisa que não fosse Priscila dirigindo sensualmente do meu lado, então entrei em pânico por lembrar que eu estaria frente a frente com sua família, e se eles me reconhecerem? Adriana com certeza iria
me reconhecer.

"Que brilhante ideia, Carolyna."

- Você está bem? - Priscila perguntou quando paramos no sinal.

- Hm... Estou. - Abri um sorriso.

- Lua. - Ela me repreendeu por mentir.

- Eu estou bem, só... Com medo da sua
família me reconhecer. - Confessei.

– Ah, relaxa, tenho certeza que eles nem
vão notar nossa presença. – Priscila sorriu
entrelaçando nossas mãos. - E eu acho muito difícil eles te reconhecerem. - Ela piscou um olho.

- Espero...

- Não se preocupe. - Ela beijou minha mão e
voltou sua atenção para a rua.

[...]

Priscila passou com seu carro pelos enormes portões da mansão do seus pais. A mansão era linda na cor bege claro, tinha arquitetura clássica e se lembrava bastante com as mansões londrinas, graças às enormes colunas e as esculturas no gesso na frente da casa. Priscila parou o carro atrás de um automóvel luxuoso e desligou o motor, tirei o cinto enquanto ainda olhava a enorme casa.

- Uh, Lua... - Olhei para a mulher e franzi o
cenho.

- O que houve? - Priscila parecia prender a
respiração.

- Nada. - Ela soltou o ar. - Bem, quer
dizer... - Ela olhou para frente e apontou
para os carros. - Esses carros são das amigas da minha mãe, provavelmente elas estão fazendo aquela maldita reunião.

Destination Traits - CapriOnde histórias criam vida. Descubra agora