capítulo 29

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A claridade ia se infiltrando por debaixo
dos meus cílios na medida em que eu ia
acordando, minhas pálpebras estavam
pesadas por causa das poucas horas de sono, quando finalmente abri os olhos me deparei com a garota mais linda do mundo.
Carol ainda dormia de bruços encolhida
enquanto eu tomava quase todo espaço da
cama, seus cabelos cobriam seu rosto e as
vezes balançava junto com sua respiração,
tirei algumas mechas da sua face e admirei
seu rosto mais uma vez. Seu sono era tranquilo, sua boca estava rosada e um pouco inchada, suas bochechas estavam coradas a deixando com um rosto inocente, bem diferente da noite anterior. Desci os olhos por suas costas nuas até seu
traseiro também descoberto, notei algumas
marcas avermelhada, alguns chupões e
arranhões. Me praguejei por ter sido tão
bruta.

- Para de me olhar. - Ela falou de olhos
fechados.

Dei risada e me levantei para beijar suas
costas, tracei uma linha de beijos desde seu
lombar até seus ombros.

- Como sabe que eu estou te olhando? - Beijei sua nuca.

- Eu sinto. - Ela sorriu e se virou para mim. -
Sinto um frio na barriga, um calor na nuca.

- Isso é um espírito passando do seu lado.

- Não acredito que eu estou namorando
com uma fantasma. - Ela arregalou os olhos.

Revirei os olhos divertida e deitei de barriga para cima.

Ela gargalhou e me abraçou deitando sua
cabeça no meu ombro, beijei sua testa e
iniciei uma carícia na suas costas, fazendo
desenhos imaginários com as pontas dos
dedos. Percebi que poderia passar minha vida toda naquele momento, ao lado dela, como se nada mais fosse importante.
Deus! Eu estava completamente apaixonada por Carolyna.

- Lua?

- Hm?

- Você já pensou em ter uma vida normal?

- Tipo...

- Tipo longe do castelo. Você já pensou em
sair do castelo? Deixar de ser uma princesa? - Perguntei cautelosa.

Carol ficou em silêncio por longos minutos, olhei para seu rosto pensando que ela poderia ter dormido mas ela estava pensativa, seus olhos estavam brilhantes, talvez ela estivesse imaginando uma vida longe do castelo, sorri e atraí sua atenção novamente.

- Sim. Eu penso todos os dias.

- Se eu te convidasse para fugir, você aceitaria ? Iríamos viajar por todo canto, eu prometo que vou te levar para todo lugar desse mundo, países, cidades, ilhas, até templos perdidos no fundo do oceano. Eu faço tudo por você, mas apenas fique ao meu lado.

Carol se apoiou sobre seu cotovelo e me
olhou, seu olhar era esperançoso e inseguro
ao mesmo tempo, ela ficou em silêncio
pensando no que eu havia dito.

- Mas como? - Ela disse por fim. - Eu não posso simplesmente jogar tudo para o alto.

- Renuncie seu cargo.

- Não! - Ela se sentou rapidamente e abraçou seus joelhos. - Isso seria um desgosto para os meus pais.

Suspirei pesadamente e me sentei atrás do
seu corpo, coloquei meu queixo no seu ombro e abracei sua cintura.

- Você está feliz? Fazendo o que faz? Beijei
seu pescoço.

- Eu gosto de poder ajudar meu povo.

- Você está feliz?

Carol me olhou por cima do ombro e se
virou para mim, sua mão segurou a lateral
do meu rosto deixando-me sentir o calor da sua palma, ela deu um beijo casto sobre meus lábios e colou sua testa na minha.

Destination Traits - CapriOnde histórias criam vida. Descubra agora