Duas semanas depois.
Corri para o hall de entrada do castelo e
avistei Alexandre colocando sua pequena
mala no chão. Ele esperou os mordomos
levarem seu sobretudo para então me olhar.— Pequena Carolyna. - Ele sorriu abrindo os braços.
Abracei o homem carinhosamente, me afastei para olhá-lo melhor, ele estava mais velho, os cabelos brancos e as fortes marcas de expressões diziam isso, porém não deixava aquele sorriso juvenil e a elegância.
- Olha para você, está tão linda. - Ele
analisou meu rosto.- Obrigada!
- Não tem de quê.
— Como foi de viagem?
- Foi ótima, obrigado. Como você está? Cadê
sua namorada? - Ele olhou para os lados. – Eu vi na internet, ela é muito bonita.- Estou muito bem. Priscila está em horário
de aula e sim, ela é muito bonita mesmo. –
Sorri convencida. – Vamos, temos muito o que conversar.- Verídico. - Fiz uma careta. - Não me julgue,
estou acostumado a falar coisas formais.- Eu te compreendo. - Indiquei para que
andássemos.— Os muros estão mais altos do que eu me
lembrava.— Por segurança. – Dei de ombros. - Onde
está Sônia?- Bem longe, graças a Deus. - Franzi o cenho. - Nos divorciamos.
- Oh... que pena.
- Pena?! Carolzinha, aquela mulher era o
cão.- Não seja rude, Alex. - Ele estalou a língua.
- Cadê o velho do seu pai?
- Está te aguardando para um chá.
- Londrinos não conhece refrigerante, só
chá?!— Agora eu descobri de onde veio essa pança avantajada. - Sorri de lado.
- Você está muito ousada, princesa Carolyna
- Ele balançou o dedo indicador na minha
direção. - Mas essa pança é por causa do
chope.— Ainda não parou com isso? – Balancei a
cabeça.- O que eu posso fazer? - Ele deu de ombros.
- Conheço os melhores bares de New York.Dei risada e abri a porta para a sala do rei,
reservada apenas para o famoso chá com os amigos.— Papai, tio Alexandre chegou. - Falei.
Meu pai abriu um largo sorriso e puxou o
homem para um abraço amoroso e carregado de saudades, as risadas grossas e os apelidos entre os dois preencheram o ambiente.- Henrique, você está velho. – Alex bateu no
ombro do meu pai.- E você está gordo, meu amigo.
- Deixe-me em paz. - O homem falou
fingindo irritação.- Tio Alex me procure depois, para
conversarmos sobre os passaportes. - Falei
brincando com a maçaneta.- Claro, querida.
– Aproveitem, com licença. – Meu pai piscou um olho com um sorriso nos lábios.
Fechei a porta e sorri sentindo meus ombros leves. Balancei a barra do meu vestido enquanto andava animadamente sem rumo pelos corredores do castelo. O castelo estava muito silencioso para uma quinta feira.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Destination Traits - Capri
Teen FictionThomas Caliari é um dos magnatas mais bem sucedido e pago de Los Angeles, pai de Priscila Caliari, sua herdeira, que leva a vida ostentando bebidas alcoólicas, drogas e mulheres, com tudo isso a garota acaba sendo alvo de críticas e assim atraindo m...