capítulo 58

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O filme já tinha acabado, mas continuamos
na sala de cinema cantando as músicas e
repetindo as falas dos personagens, as falas
que Carolyna conhecia muito bem, fizemos uma guerra de travesseiros enquanto os créditos do filme subia. Meu sobrinho estava amando a morena, tanto que o pequeno não pensou duas vezes em dormir no seu colo durante o quinto filme que assistíamos. Carolyna se dispôs a levá-lo ao seu quarto, enquanto eu arrumava a bagunça que fizemos. Alguns minutos depois, eu estava saindo da cozinha e encontrei Carol na sala vestindo seu sobretudo e arrumado os leves cachos dos
seus cabelos.

- Aonde você pensa que vai? - Falei
encostando o ombro no batente da divisória.

- Hm... Para casa?! - Ela sorriu e pegou sua
bolsa. - Já passei tempo demais com você,
huh? Tenho que voltar para minha vida, ou
você irá se enjoar de mim.

- Esse tempo não foi o suficiente. - Ela coçou
a cabeça e sorriu tímida. - Enjoar de você? -
Dei uma risada forçada. - Nem em milhões de anos.

- Certo. Mas eu preciso ir.

- Não. - Minha voz saiu séria.

- Isso significa que você não vai me dar uma carona?!

- Isso significa que eu não vou te deixar
ir embora. - Me desencostei da parede e
caminhei na sua direção, Carol recuou
alguns passos.

- Eu preciso voltar, preciso saber se Ariana
está bem.

- Ligue para ela. - Agarrei sua cintura e puxei para mim. - E ela já é grandinha, não?!

- Você que pensa. - Ela revirou os olhos. - Eu
não posso ficar...

- Por que? - Franzi o cenho decepcionada.

- Porque... eu não sei. - Seus ombros caíram. - Eu...

- Lua, está muito tarde. Duvido que algum
taxista irá fazer uma corrida a essa hora, e eu sem dúvidas não vou te deixar sair. - Coloquei uma mecha do seu cabelo atrás da orelha. - Fique aqui comigo, por favor.

Carolyna me olhou nos olhos por longos
minutos, eu conseguia ver a batalha de
indecisão através dos seus olhos castanhos
intensos. Acariciei sua bochecha com o
polegar e me inclinei para beijar seus lábios, escutei a mesma suspirar antes de abrir a boca e dar passagem para minha língua. Nosso beijo foi calmo, nos delíciavamos naquele toque suave de línguas e lábios, colei nossas testas e beijei a ponta do seu nariz.

- Fica? - Pedi num sussurro.

- As vezes... - Ela segurou meu rosto com as
duas mãos. - Me sinto incapaz de negar a um pedido seu. - Abri um sorriso inocente.

- Vem vamos subir. - Entrelacei nossos dedos e guiei Carol para o andar de cima.

Mostrei meu quarto e meu banheiro, deixei
ela a vontade para escolher qualquer roupa
do meu closet. Carolyna ficou impressionada com a quantidade dos meus terninhos, e com o tamanho do meu closet.

- Por que eu não estou impressionada por
saber que seu quarto é preto. - Ela disse
olhando em volta.

- Isso não é preto, é cinza chumbo.

- Seu enorme closet é todo preto. - Ela abriu os braços para demonstrar o tamanho do closet.

- Você realmente se desacostumou com
grandiosidade, Lua. - Dei risada pegando
toalhas limpas. - O seu closet era maior do
que minha casa.

- Não exagera. - Ela fechou a cara.

- Não estou exagerando. - Sorri dando de
ombros. - Para onde foram todos aqueles
milhões de vestidos?

Destination Traits - CapriOnde histórias criam vida. Descubra agora