capítulo 62

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No começo da mesma semana Priscila recorreu aos seus melhores médicos do hospital, para saber sobre as melhores formas de se fazer uma inseminação artificial, Carolyna sempre estava presente ouvindo atentamente as explicações e as recomendações. Elas fizeram uma bateria de exames, Priscila não iria permitir que nada desse errado, porém seu exame médico indicou que seu corpo não era fértil o suficiente para gerar um bebê, grande foi a decepção para as duas. Depois de horas chorando, deixando suas lágrimas se misturar com a água da banheira, Priscila falou num tom baixo.

- Me desculpe, Lua...

Carolyna observou sua mulher tristonha no
outro lado da banheira, com os ombros caídos e os olhos opacos, ela brincava com a espuma sobre a água, mas não parecia nenhum pouco feliz. A morena suspirou fundo e se mexeu até conseguir deitar sobre o corpo de Priscila, tendo suas costas e pernas cobertas pela água quentinha.

- Não precisa pedir desculpas, meu amor,
você não tem culpa de nada. Estamos juntas nessa, teremos um filho e se não for possível nascer do meu ventre, iremos adotar. Não se preocupe. - A mais nova beijou os lábios de Priscila lentamente e sussurrou um: - Tudo ficará bem.

Após alguns dias de preparação dos óvulos,
elas fizeram a primeira tentativa, escolhido
para ser o doador foi anônimo, mas Carolyna queria que seus filhos tivesse alguns traços que lembrasse sua bela mulher, a inseminação foi feita e dias depois, foi constatado que Carolyna já carregava um pequeno embrião no seu ventre. Com um mês, a pequena barriguinha de Carolyna já fazia Priscila ficar abobalhada, as vezes Carol acordava de noite e sentia sua mulher fazendo carinho na sua barriga mesmo inconsciente.

- Como será que ela vai ser? - Carol
perguntou acariciando a barriga, enquanto
Priscila andava de um lado para o outro. -
Amor, sua camisa está no cabide do lado da
porta.

- Eu já sabia. - Priscila correu para pegar a
roupa. - Espero que ela se pareça com você.

- Queria que ela se parecesse com você. -
Carol falou sonhadora, Pricila terminou
de fechar a camisa e beijou a testa da sua
mulher. - Você é linda demais para ser só uma no mundo, ela no mínimo tem que se parecer com você.

- Mas com os seus traços, seus olhos...

- Hmm, talvez. - Priscila se abaixou para colar a boca na barriga de Carol. - Ei bebê, será que podemos fazer um pequeno negócio? - A morena riu. - Eu sei que você é inteligente, então por favor, se pareça ao máximo com sua mãe, ela é tão linda... - Priscila olhou para Carol. - Ela é a mulher mais linda que você verá.

- Você é uma boba. - Carol riu.

- Eu te amo, amor.

- Eu te amo, Prica. - A mais alta olhou para o relógio em cima da cômoda e certificou que...

- Merda! Estou atrasada. - Priscila correu para pegar seu blazer e voltou para selar os lábios com os da sua esposa. - Jess disse que vai vir aqui mais tarde, não faça bagunça, huh?

- Sim, mamãe.

- Sarcásticazinha. - Priscila apertou de leve o nariz de Carol. - Se cuida amor, Neana está lá embaixo, qualquer coisa me liga.

- Priscila! - A morena se sentiu ofendida. - Eu sei me cuidar.

- Aham, você disse isso quando caiu da escada e quebrou a perna.

- Mas... - Priscila calou a mulher com um beijo.

- Eu te amo.

- Eu também te amo. Bom trabalho.

A ruiva sorriu e saiu correndo pegando seus pertences de trabalho. Assim que saiu da garagem, viu Jess estacionando seu carro na frente da sua casa, Priscila buzinou duas vezes e viu as crianças acenar com as mãos.

Destination Traits - CapriOnde histórias criam vida. Descubra agora