No sábado dormimos até mais tarde, já que
tínhamos perdido a hora do café, ficamos
na cama apenas conversando e trocando
carícias. Priscila me contava sobre o seu sonho que teve com Lucas e nossa viagem, eu amava o timbre da sua voz de amanhã, era mais rouca do que o normal. No almoço foi uma zona, todos ainda estavam
animados relembrando da festa do dia
anterior. Passei o resto da tarde com minha
família, já que eles iam embora naquele
mesmo dia. Chorei na hora de despedir, tentei fazê-los ficar, implorei por isso, mas mesmo assim eles se foram, dizendo que tinham coisas para tratar no Canadá.
A chegada de meus pais no final da tarde foi silenciosa, só percebi que eles já estavam no castelo quando vi o rei e a rainha ocupando seus lugares no salão de refeições, no jantar. Eu e Julia ocupamos nossos devidos lugares, e esperamos a janta ser servida.- Mãe, pai. - Fiz uma leve reverência. - Como foi de viagem?
- Bem. - Minha mãe respondeu rápido. - E
como foi aqui?- Foi ótimo, mamãe. Tenho certeza que Luccas tem lindas fotos.
- Espero que sim, Lee falou muito bem sobre a festa. - Ela sorriu. - Priscila fez um bom trabalho?
Lembrei da noite atrás que fizemos amor e
eu mal sentia minhas pernas, lembro que
escutei Priscila murmurar que tinha feito
um bom trabalho. Corei e desviei o olhar,
como se minha mãe pudesse escutar meus
pensamentos, balancei a cabeça respondendo sua pergunta.- Sim, mamãe. Ela fez um bom trabalho. -
Minha mãe sorriu.- Fico feliz.
- Nana Rose mandou lembranças. - Sorri
olhando para meu pai, porém ele não notou.- E como ela está?
- Uh... bem. Todos estão bem. - Franzi o cenho.
Olhei para meu pai e estranhei seu
comportamento, ele estava reto, tenso e com o olhar distante, sua sopa e seus talheres mal havia sido tocados, ele parecia um robô ligado no modo avião.- O que ele tem? - Sussurrei para minha mãe.
Ela seguiu meu olhar e tocou no braço do
meu pai atraindo atenção do mesmo, ela
cochichou algo e ele me olhou nos olhos
por alguns minutos, esses segundos foram o
suficiente para absorver todo o seu cansaço, sua preocupação, e foi como se ele soubesse eu lia toda sua expressão, Henrique desviou o olhar para seu prato, se levantou e saiu em silêncio. Ninguém parecia ter notado aquilo, mas eu sim. Meu pai e eu tínhamos uma ligação forte, eu o conhecia só com olhar e sabia que algo não estava nada bem, alguma coisa preocupava o mesmo, como uma pedra no sapato.- Está tudo bem. - Minha mãe mentiu.
- Certo. - Menti também.
Duas semanas depois...
Os dias tinham passado rápido, meu pai
estava cada vez mais distante de mim e
aparentemente de todos, ele não havia mais me dado aula e muito menos conversado comigo, e sempre que eu indagava ele sobre sua preocupação, sua resposta era repetida.- Não se preocupe, querida, são apenas coisas. - Seu sorriso era fraco e forçado.
Ele pedia licença e se trancava em sua
sala, muitas das vezes pedia para não ser
incomodado e deixava seus guardas cientes
disso, ou seja, qualquer pessoa que fosse a
sua sala era barrado, até mesmo eu.- Tem alguma coisa acontecendo, Ingrid, eu sei. - Falei enquanto andava de um lado para o outro.
- Carol, fica tranquila, seu pai nunca foi de esconder as coisas para você. - Ela tentou me acalmar.
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Destination Traits - Capri
Teen FictionThomas Caliari é um dos magnatas mais bem sucedido e pago de Los Angeles, pai de Priscila Caliari, sua herdeira, que leva a vida ostentando bebidas alcoólicas, drogas e mulheres, com tudo isso a garota acaba sendo alvo de críticas e assim atraindo m...