capítulo 38

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O colchão chacoalhava conforme Julia pulava tentando me acordar, afundei meu rosto no travesseiro e me sentei rapidamente, puxei as pernas da pequena que caiu risonha.

- Feliz aniversário! – Ela gritou.

- Obrigada, meu amor. – Abri os braços e ela me abraçou apertado. - Eu só queria dormir até umas oito horas.

- Carol, são oito e quarenta e cinco. - Ela
mostrou seu relógio da Barbie.

- Oh meu Deus, Julia! Por que não me
acordou antes? - Ela riu e desceu da cama.

- Fizemos seu café da manhã. - Observei a
menor equilibrar a bandeja até mim. – Eu e
a Pri.

Olhei para aquela cena e sorri, na bandeja
tinha um pouco de tudo, suco, torradas, bolo, frutas e um pequeno vaso com um único girassol.

- Lee deixou isso? - Coloquei a bandeja sobre o colo e Julia tirou a tampa do prato principal. - Meu Deus! Isso está com um cheiro muito bom.

- As primeiras panquecas estão queimadas,
então não coma. - Ela apontou para a
panqueca grudada no prato.

- Hmm, certo. Do que é essa calda?

- Caramelo com cereja, Priscila que inventou. - Ela olhou para mim. - Eu coloquei o chantilly, e ajudei a fazer o suco e trouxe a bandeja.

— Eu amei, obrigada. – Dei um beijo na sua
testa. - Então quer dizer que Priscila sabia que hoje é meu aniversário.

- Uhum.

Comi um enorme pedaço da panqueca,
gemi de satisfação. Priscila era uma ótima
cozinheira, ou apenas fazia ótimas
panquecas. Dividi um pouco com Julia, a
pequena contou como Priscila era engraçada cozinhando e que levou bons puxões de orelha de Lee.

- Vou tomar banho, você me espera aqui? -
Perguntei.

- Não. Eu vou pegar seu presente, espera um pouco. - Julia falou rápido pulando da cama. - Espera aqui!

- Okay... - A pequena já tinha saído.

Me levantei e coloquei a bandeja na mesa de centro, abri as cortinas e fui recebida pelos raios solares, suspirei contente e liguei a TV, nos noticiários passavam meu rosto, quando não, dos meus pais com o presidente da França. Entrei no banheiro e tomei um banho quente, ignorei a banheira porque não queria gastar meu dia ali. Coloquei meu vestido novo, ele era branco rendado de gola, deixei meus cabelos soltos e livres de qualquer coroa, passei uma leve maquiagem. Olhei no relógio e notei que já tinha passado quase uma hora, e Julia ainda não tinha voltado. Caminhei até a porta, antes de eu abrir a mesma se abriu em um movimento rápido acertando meu nariz.

— Aí, merda! - Apertei meu nariz com medo de sangrar.

- Me desculpa, Carol. Você está bem? Está
sangrando? Carol, você vai desmaiar? Aí,
meu Deus. - Julia falou em um fôlego só.

- Hey, calma. - Segurei seu ombro. - Eu estou
bem.

- Me desculpa. - Um bico se formou no seus
lábios. - Tudo bem. Vem cá, o que você tem para mim? - Ela levantou as sobrancelhas se lembrando do grande embrulho nas suas
mãos.

- É nosso presente, eu e o papai que fizemos. - Caminhei até a cama me sentando em seguida. - Abra!

- Vamos ver!

Peguei o pacote e rasguei o embrulho curiosa.

- Aí, meu Deus. - Exclamei surpresa.

- É um álbum de fotografias. – Julia falou
terminando de rasgar o papel de presente.

Destination Traits - CapriOnde histórias criam vida. Descubra agora