- Capítulo 5 - Eu sou Zeros -

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Cinco meses haviam se passado desde a chegada de Gabriel, Pedro, Henrique e Ísis, Com exceção dos finais de semana, todos os dias eles treinavam pesado naquele mundo, aprendendo bases e movimentos de esgrima, combate corpo a corpo, aperfeiçoando seus conhecimentos naquele mundo que era tão diferente de onde eles vieram.

Ísis teve o início do treinamento com a amazona que integrava o grupo dos sete cavaleiros de elite do rei, Angela, uma amazona que foi criada em artes de guerra e também comandava as unidades de cura do reino por ter profundo conhecimento nas magias profundas de curas da floresta que aprendeu com as ninfas quando ainda morava na aldeia das amazonas.

Embora a amazona tivesse dito que humanos são bons recipientes e condutores de magia, ela não quis ensinar tais magias a Ísis pois concluiu que o contato repentino com essas artes para um humano cujo o corpo não era acostumado com magia poderia gerar efeitos dolorosos, então resolve iniciá-la na parte teórica das espécies e subespécies de criaturas e vegetação que se tinha conhecimento, conseguia treiná-la em combate mas notava que suas reações eram lentas e o pouco de talento que a menina possuía era mais defensiva que ofensiva passando no meio do treinamento a ensiná-la usar escudos mais leves que uma menina magra e pequena como ela pudesse levantar sem fazer muito esforço, a amazona concluiu que se a garota pudesse aprender a se defender e fugir já seria um bom começo.

Henrique havia ficado desapontado ao ver amazonas que treinavam por lá estarem de armadura completa, sempre via em seu mundo mulheres com armaduras sexys com pouca proteção, entretanto ali todas possuíam armaduras semelhantes com diferença no busto que era ajustado ao formato feminino o resto da armadura era completa e mesmo assim ele sempre dava um jeito de acompanhar o treino das amazonas, achava excitante ver meninas suando enquanto golpeavam de lanças e espadas umas contra as outras.

Com toda sua arrogância e autoconfiança, Henrique se destacou em todos os treinos e combates que participou, Minos fez questão de encaixá-lo em sua turma de aprendizes, algo naquele garoto arrogante havia chamado a atenção do cavaleiro dourado, Minos conseguia ver em seus olhos que apesar de sua arrogância, ironia e autoconfiança em excesso, dentro dele existia muita raiva contida que na maior parte do tempo era direcionada para lutas e combates, e se isso fosse bem direcionado e manipulado talvez não houvesse problema, por mais que por vezes ouvisse reclamação de Henrique, no fim ele resolvia tudo com um treino entre os dois cujo o resultado era sempre Minos rindo de seu aprendiz que sempre perdia para o mestre.

Os outros alunos ficavam perplexos e admirados com a força de vontade dele, pois em todo treino ele chamava o cavaleiro para uma luta mesmo sabendo que suas habilidades e técnicas continham um abismo de diferença, Minos via isso como um modo de testar o quanto ele mesmo havia progredido no decorrer daqueles cinco meses que ele estava treinando e sempre aceitava aqueles desafios.

Pedro demonstrava exímia habilidade em imobilização, mostrando a Taurus, um híbrido de minotauro com humano que fazia parte dos sete cavaleiros da guarda do rei, novas imobilizações que ele havia aprendido em suas aulas de jiu jitsu e alguns movimentos que ele sempre via quando assistia UFC.

Taurus, que era de longe o maior e mais forte dos sete cavaleiros de armaduras douradas, convidou Pedro para aulas que ele dava apenas para aqueles que tinham aptidões em manusear armas mais pesadas e imobilizações, embora fosse meio minotauro e meio humano podendo alternar entre as duas formas, era de todos os cavaleiros o mais sentimental e carinhoso, tinha aceitado se tornar um cavaleiro dourado para proteger e preservar as terras do seu povo que moravam dentro da floresta negra nos arredores da cidade do Reino Central.

Ele Conseguia notar que Pedro não possuía bons reflexos ou coordenação quando manuseava armas, seja elas leves ou pesadas, entretanto ele tinha uma visão muito técnica que movimentação dos oponentes conseguindo em algumas vezes prever como o inimigo deixaria a guarda aberta e conseguindo ajustar uma imobilização adequada para cada inimigo que enfrentava, depois de tanto tempo assistindo lutas na televisão ele conseguia associar troca de bases de defesas e movimentos específicos do seu oponente a movimentos que já havia visto em lutas anteriores dando a ele em algumas ocasiões a mínima vantagem de saber qual seria o próximo movimento do oponente.

O Último Draconiano - Livro umOnde histórias criam vida. Descubra agora