- Capítulo 26 - Calmaria entre as tempestades -

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  Soláris atravessou portal que se materializou na entrada da cidade do Reino Central seguido por Gabriel, Pedro e Neo, o sênior carregava em sua mão direita um saco que pingava ichor do seu fundo e na outra mão estava sua espada que já não mais pegava fogo e sua lâmina havia reduzido de tamanho.

Conforme avançavam cidade adentro em direção ao castelo, chamavam a atenção das pessoas por estarem sujos de sangue e com suas armas ainda empunhadas, um aglomerado os seguia mais atrás indo em direção ao pátio de comércio interno.

— Vamos — Soláris encarou as escadarias que levavam até a sala do trono.

O sênior seguiu na frente com Gabriel ao seu lado direito e Neo ao seu lado esquerdo deixando Pedro um pouco mais atrás deles.

— O que tem no saco que carregas? — Perguntou um dos guardas na porta da sala do trono.

— Aproxime-se e eu deixarei que veja — Soláris abriu a boca do saco esticando a mão enquanto o guarda se aproximava vagarosamente para o olhar o conteúdo no saco.

— Pode passar — Respondeu o guarda se afastando com uma expressão de nojo.

Na sala do trono apenas Baltazar e o rei dos Lordes se encontravam aguardando Kendorf descer de seus aposentos para debaterem finalmente o que fazer em relação às proteções do Reino Central, os Lordes kaitos e Antiaf jaziam parados mais atrás observando seu pai e o mago conversando em particular.

— Grande mago Baltazar — Chamou Soláris se aproximando para que o mago virando sua atenção para eles — Onde está nosso rei, trouxe algo de seu agrado — O sênior ergueu a sacola para frente mostrando ela ao mago enquanto o ichor que pingava dela sujava todo o chão da sala do trono.

— Por onde vocês andaram? — Perguntou Baltazar se aproximando do grupo, sua expressão era severa como se fosse lhes dar um sermão — Onde está Itan?

— Tivemos um assunto para resolver — Respondeu Gabriel dando um passo a frente encarando o mago — E nós o resolvemos, agora precisamos da ajuda de Kendorf.

— Jovem Gabriel — Surpreendeu-se Baltazar — Pensei que você estivesse treinando com Macária.

— Na verdade estávamos treinando com um amigo seu — Corrigiu o draconiano — Aqinn mandou lembranças e disse que não se esqueceu das moedas de ouro que você deve a ele — Disse Gabriel passando o recado que o mago das runas havia lhe pedido.

Baltazar franziu o cenho ao ouvir o nome de Aqinn — O mago das runas está vivo? — Perguntou o mago boquiaberto — Onde ele está?

— Foi Macária que nos levou até ele, eu não saberia dizer onde fica — Admitiu Gabriel — Mas me parecia ser uma ilha com a forma redonda, havia montanhas e uma cidade cercada de florestas — Gabriel forçava suas memórias recordando-se do local — Tinha uns cervos de chifres verdes que conseguiam derrubar árvores apenas com suas forças e nossas invocações de armas básica eram impossíveis naquele local.

Baltazar sorriu, endireitando sua postura — Obrigado pelo recado, jovem Gabriel. Da próxima vez que for lá me avise antes para que eu possa lhe dar as moedas de ouro que devo aquele alcoólatra.

— Magos são esquisitos — Sussurrou Pedro para Neo.

— Concordo — Neo balançou a cabeça suavemente respondendo ele.

— Então esse é o draconiano de quem tanto ouço falar? — Gideon se aproximou vagarosamente de Gabriel para perto da conversa.

— Lorde Gideon — Soláris e Neo fizeram um breve aceno de cabeça para ele.

O Último Draconiano - Livro umOnde histórias criam vida. Descubra agora