- Capítulo 25 - A queda do rei das Gárgulas -

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  Por sete longos dias Gabriel e seus amigos acordavam antes do sol nascer para treinar e paravam quando o sol sobre a ilha já estava desaparecendo no horizonte, Gabriel sentia seu corpo pedir rendição com tantas as vezes em que chocou-se contra as árvores, por todo seu corpo se encontrava hematomas roxos e arranhões de suas colisões.

Embora houvesse repreendido Macária para que ela bebesse menos rum, sempre que a deusa ficava bêbada começava a querer ficar perto dele e às vezes dormia falando coisas confusas que pareciam entristecê-la.

Gabriel nunca perguntou sobre o que se tratava, mas passou a ficar em sua mente o que deixaria uma deusa daquele jeito enquanto olhava ela deitada no sofá da sala com a cabeça sobre seu colo enquanto resmungava dormindo.

— Me perdoe — Sussurrava Macária de olhos fechados com as mãos juntas ao rosto.

— Sua deusa é bem fraca para álcool — Observou Henrique sentado no chão da sala com um copo de rum nas mãos.

Sua fisionomia era cansada e seus olhos pareciam que se fechariam a qualquer momento para que ele pudesse dormir.

— Você não está muito melhor que ela — Respondeu Pedro deitado sobre as pernas de Ísis do outro lado da sala com os olhos fechados e os músculos do braço se retraindo em espasmos musculares.

— Nem você — Sorriu Ísis com alguns arranhões no rosto e um curativo na testa.

— Falou a menina que quer atravessar uma árvore com um escudo — Retrucou Pedro.

— Ela conseguiu atravessar uma — Defendeu Gabriel enquanto ajeitava os cabelos de Macária que caíam sobre seu rosto.

— E como vai nos desvios? — Perguntou Henrique virando o copo de rum na garganta trazendo a garrafa para junto de si enchendo o copo novamente.

— Consigo desviar de dez ou quinze mais ou menos, mas cansa e sempre acabo batendo nos troncos das piores formas possíveis — Ele olhou para um hematoma em seu braço — Acho que se não fosse a proteção que Baltazar lançou sobre nós eu já teria quebrado um pescoço ou uma perna fácil.

— Um brinde ao mago do reino — Henrique levantou o copo virando-o de vez novamente.

— Nesse ritmo a gente ganha um alcoólatra no time — Ísis balançava a cabeça negativamente.

— O aprendiz do mago da cachaça, o ajudante cachacinha — Pedro gesticulou com as mãos em direção a Henrique fazendo Gabriel e Ísis darem risadas.

Gabriel ajeitou a cabeça de Macária sobre o sofá levantando-se cuidadosamente para não acordá-la — Eu vou tomar banho primeiro — Anunciou ele — Quem ficar depois de Henrique vai ter que abrir a porta e tirar ele de lá nú e dormindo alcoolizado.

Gabriel se encaminhou para cozinha que possuía uma porta nos fundos que levava para a parte de trás da casa onde havia um pequeno cômodo separado razoavelmente grande com um chuveiro que captava água do rio ao lado e uma banheira grande de madeira acoplada ao chão.

O draconiano ligou o choveiro e encheu a banheira com um balde que estava ao lado dela, entrou e tentou relaxar fechando os olhos por alguns segundos.

— Gabriel? — Chamou Itan o fazendo abrir os olhos rapidamente.

— Como? — Perguntou ele encarando o aprendiz de mago parado na porta com os braços cruzados e uma expressão séria.

— Pedi a Éfira para que me conectasse ao seu sonho — Explicou ele.

— Por ironia quem está dormindo na banheira sou eu — Lamentou-se Gabriel respirando fundo olhando para cima e fechando os olhos — Aconteceu algo?

O Último Draconiano - Livro umOnde histórias criam vida. Descubra agora