𝐀 𝐅ú𝐫𝐢𝐚 𝐝𝐨 𝐃𝐫𝐚𝐠ã𝐨 - 𝐎 𝐓𝐑𝐈𝐎 𝐃𝐀 𝐂𝐎𝐍𝐐𝐔𝐈𝐒𝐓𝐀

|6| 𝙰 𝙿𝚁𝙸𝙽𝙲𝙴𝚂𝙰 𝙴 𝙾 𝙱𝙰𝚂𝚃𝙰𝚁𝙳𝙾

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𝒜 𝑝𝑟𝑖𝑛𝑐𝑒𝑠𝑎 𝑒 𝑜 𝑏𝑎𝑠𝑡𝑎𝑟𝑑𝑜

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Uma chuva constante caía sobre o exército Targaryen durante o ataque dos Durrandon. Estavam em menor número e foram atacados de forma surpresa. Se não fosse Rhaenys, tudo poderia ter acabado ali. Tudo passava de um caos, o solo estava lamacento e a chuva que caía estava forte demais. Entretanto, Orys começou a crer em uma possível vitória quando os homens de Argilac começaram a abandonar o campo, com medo de Meraxes.

Ele conseguiu visualizar Argilac lutando com alguns homens. Mesmo com idade avançada, o rei era um bom soldado. Assim que Argilac o viu, veio em sua direção e o encarou.

— Então você é o bastardo? — Argilac perguntou, em uma voz enojada.

— Meu nome é Orys Baratheon, mão do Rei Aegon, e vim oferecer uma oferta de paz. Você poderá ficar com seus títulos e suas terras, só preciso da sua rendição.

— Jamais me curvarei para um rei farsante e um bastardo miserável — respondeu Argilac.

—  Se escolher enfrentar a derrota em vez de aceitar uma resolução pacífica, assim seja. Mas saiba disso, sua teimosia só trará mais sofrimento ao seu povo. Trará sofrimento a sua filha. — Argilac pareceu tremer ao ouvir a última frase. — Você ouviu falar do que houve em Harrenhal? A rainha Rhaenys poderá fazer o mesmo em Ponta Tempestade. A escolha é sua.

— Escute, bastardo. Eu venho de uma linhagem de grandes lutadores. Eu jamais me renderei. Posso morrer aqui, mas morrerei lutando. Como um Durrandon — Argilac proferiu, sacando sua espada. 

Os dois encararam-se com fúria nos olhos, as lâminas de suas armas reluzindo sob a luz dos relâmpagos. Argilac avançou com um rugido, sua espada cortando o ar com um movimento feroz. Orys bloqueou habilmente, o impacto ressoando através de seus braços. A lama sob seus pés tornava cada movimento mais difícil, mas ambos lutavam com a tenacidade de guerreiros experientes.

Orys treinava desde criança. Seu pai o presenteou com uma espada quando ele completou quatro anos e desde então quis ser um guerreiro. Mas, sua arma favorita sempre foi um martelo de guerra. Uma arma adequada para alguém do seu porte. 

Inicialmente na luta, Argilac desferiu um golpe certeiro que cortou Orys, demonstrando uma força surpreendente para alguém de sua idade. Orys sentiu a ferida, mas isso só aumentou sua determinação. A verdadeira batalha começou.

Com a chuva açoitando seus rostos e a lama tornando o solo escorregadio, os dois se enfrentavam com ferocidade. Na troca de golpes, Orys viu a vantagem e desferiu um golpe devastador com seu martelo de guerra, mirando diretamente no peito de Argilac.

O impacto foi ensurdecedor, reverberando pelo campo de batalha. A armadura de Argilac, apesar de resistente, não foi páreo para a força do golpe. A lâmina do martelo penetrou na armadura, encontrando o peito de Argilac com brutalidade. O som metálico do impacto misturou-se ao grito da batalha e à chuva que continuava a cair impiedosamente.

 Argilac caiu com sua armadura maculada pela lama e pela chuva incessante. Um grito de dor escapou de seus lábios, ecoando através do campo de batalha como um lamento. A ferida no peito era profunda, e Argilac sentia a vida escapar de seu corpo.

Com a respiração entrecortada, ele começou a chamar pelo nome de sua filha, murmurando entre gemidos de dor e desespero. Orys aproximou-se com seriedade e tentou ouvir o que Argilac dizia. Ele não cessava seus apelos pela filha. "Argella...", repetia em um lamento melancólico, enquanto seu olhar buscava algo distante, como se procurasse consolo nos últimos momentos de sua existência. Ele murmurou pela última vez, e sua voz se apagou com a inevitabilidade da morte.