|4| 𝙵𝙾𝙶𝙾 𝙴 𝚂𝙰𝙽𝙶𝚄𝙴

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𝐹𝑜𝑔𝑜 𝑒 𝒮𝑎𝑛𝑔𝑢𝑒

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Aegon chamou Visenya e Rhaenys para conhecer um local que ele insistiu em ser importante para seu reinado. Os três ergueram voo em direção à Torrente de Água Negra. Aquelas terras, vítimas de guerras constantes entre Argilac e Harren, agora encontravam-se abandonadas, envoltas apenas por florestas e colinas. Escassas construções pontuavam a paisagem, habitadas exclusivamente por alguns pescadores solitários.

Os três pousaram em uma colina que se estendia em volta de uma floresta. Uma estrada de barro se desenrolava perante eles, e, ao longe, divisavam algumas casas e mini castelos distantes.

— Pretendo estabelecer a base do nosso governo neste local — Aegon falou, indicando a colina. — uma grandiosa fortaleza será erguida. Planejo erguê-la diante dessas três maiores elevações.

— Mas Westeros já possui uma capital, não é? — questionou Rhaenys.

Ela falou referindo-se a VilaVelha, a maior cidade preeminente de todo o reino. No entanto, Aegon almejava construir uma nova capital, onde novos negócios florescessem, novos empreendimentos prosperassem, e onde a ênfase recaísse não apenas em templos dedicados aos deuses, mas na grandiosidade de sua fortaleza.

— Sim, porém, vamos criar uma cidade que seja exclusivamente nossa — ele falou, com um certo tom de determinação em sua voz.

— Acho uma boa ideia. VilaVelha é profundamente enraizada em crenças e devoções aos seus próprios deuses — comentou Visenya. — Se fossemos para lá, teríamos problemas.

— Nossa fé diverge consideravelmente da fé de Westeros, não teme que isso se torne um problema? — perguntou Rhaenys, um pouco preocupada.

— Acredito que terei que me converter... — Aegon falou, pensativo. — Mas, isso não implicará em mudanças em nossos costumes. Da mesma forma que não pretendo alterar a cultura deles, eles terão de aceitar a nossa.

Rhaenys manifestou uma leve inquietação diante dessa ideia, pois a sua fé julga o incesto e a poligamia como moralmente condenáveis, enquanto em sua cultura esses costumes são comuns à prática. Ela nutria temores de que a união deles seja invalidada, porém, Aegon jamais permitiria que tal acontecimento se concretizasse.

— Os seguidores dessa fé não passam de fanáticos e hipócritas — falou Visenya. — Realmente precisamos nos converter?

— Será necessário. Precisamos do apoio deles e o alto septão é um homem influente no sul.

Visenya revirou os olhos e pareceu chateada.

— Voltando a nossa Fortaleza... Podemos imaginar três majestosas elevações com nossos nomes — Aegon pronunciou, buscando distraí-la.

— Parece uma proposta intrigante, a "Colina de Rhaenys", soa verdadeiramente requintado — Rhaenys respondeu, entregando-se a um riso contagiante.

— Até nisso você é convencida — Visenya comentou e Rhaenys fez uma careta para ela.

Aegon observava as duas com divertimento, sabendo que a rivalidade entre elas era apenas superficial. Mesmo que muitas pessoas já estejam criando fofocas a cerca das duas. Apesar disso, ele sabia que ambas elas eram igualmente importantes para ele e para o sucesso de sua conquista. E nenhum boato seria capaz de tirar isso dele.

𝐀 𝐅ú𝐫𝐢𝐚 𝐝𝐨 𝐃𝐫𝐚𝐠ã𝐨 - 𝐎 𝐓𝐑𝐈𝐎 𝐃𝐀 𝐂𝐎𝐍𝐐𝐔𝐈𝐒𝐓𝐀Onde histórias criam vida. Descubra agora