|20| 𝙸𝚁𝙼Ã 𝚂𝙾𝙼𝙱𝚁𝙸𝙰

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𝐼𝑟𝑚𝑎 𝒮𝑜𝑚𝑏𝑟𝑖𝑎

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Todos os castelos de Dorne arderam repetidamente a cada retorno de Balerion e Vhagar. Algumas porções das areias em torno da Toca do Inferno foram transformadas em vidro, tamanho era o calor do sopro flamejante de Balerion. Os senhores dorneses foram obrigados a se esconder, outros fugiram do país, mas nem isso lhes garantiu a segurança, sendo muitos deles assassinados em sequência.

Aegon ofereceu uma recompensa generosa em ouro pela captura de qualquer senhor dornês, deixando claro que não descansaria até se vingar da morte de Rhaenys.

— Dorne pagará pelo que fizeram a Rhaenys. Cada castelo, cada cidade, será consumido pelo fogo dos dragões — declarou Aegon, sua voz impregnada de ira.

— Majestade, compreendemos sua dor, mas talvez seja hora de buscar a paz. Infligir mais sofrimento não trará Rhaenys de volta — Alton Celtigar ousou discordar.

Mas Aegon rejeitou veementemente a sugestão.

— Paz? Rhaenys merece justiça, não paz! — ele respondeu. — Darei uma recompensa generosa para quem me trouxer a cabeça de Meria Martell e todos os seus lordes. Nenhum deles escapará.

— Majestade, isso pode levar a mais derramamento de sangue. Não podemos ignorar a possibilidade de uma solução diplomática. Estamos vivendo um momento sangrento e...

— Diplomacia não pode trazer de volta o que foi perdido — Aegon o interrompeu. — A única linguagem que Dorne compreenderá é o fogo e o sangue. Rhaenys será vingada!

— Queime todos os Martell! Ensine a Dorne que desafiar os Targaryen tem um preço alto — disse Orys.

A tensão na sala aumentou à medida que as divergências entre os conselheiros se tornavam mais evidentes. Aegon estava decidido a seguir o caminho da vingança implacável, enquanto alguns de seus conselheiros buscavam uma abordagem mais moderada. 

Mas tanto ele como Visenya não aceitariam a rendição tão fácil.

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Visenya estava em seus aposentos tentando pentear seus cabelos. A raiva borbulhava dentro dela enquanto lutava para tecer uma trança, mas suas tentativas eram todas falhas. Rhaenys penteava os cabelos dela. Mas Rhaenys não estava mais ali. Os fios não cooperavam com Visenya, e cada tentativa falha era um lembrete cruel da perda que a consumia.

"Rhaenys deveria estar aqui", ela pensou, com lágrimas de frustração e tristeza manchando seus olhos. Meses haviam se passado, mas a dor persistia, como uma ferida que se recusava a cicatrizar.

Enquanto ela se esforçava para fazer a trança, um ruído fora de seus aposentos chamou sua atenção. Lentamente, Visenya se aproximou das janelas, espiando pelas brechas. Ela viu seus dois escudeiros estavam caídos no chão, feridos e sangrando.

Num instante, Visenya empunhou a Irmã Sombria preparando-se para o que estava por vir. Um estrondo na porta anunciou a entrada de um intruso. Pelas vestes, era claro que se tratava de um dornês, e sua presença alimentou o fogo de ódio que queimava no peito de Visenya.

Visenya avançou com determinação, seus olhos faiscando com a promessa de vingança. O dornês avançou diante dela, mas Visenya não hesitou.

Os olhos dela ardiam com uma intensidade feroz enquanto ela o encarava. Seus passos eram calculados, e a Irmã Sombria cortava o ar com a promessa de justiça. O dornês, por sua vez, erguia sua lâmina com confiança, desafiando-a de maneira audaciosa.

𝐀 𝐅ú𝐫𝐢𝐚 𝐝𝐨 𝐃𝐫𝐚𝐠ã𝐨 - 𝐎 𝐓𝐑𝐈𝐎 𝐃𝐀 𝐂𝐎𝐍𝐐𝐔𝐈𝐒𝐓𝐀Onde histórias criam vida. Descubra agora