𝐀 𝐅ú𝐫𝐢𝐚 𝐝𝐨 𝐃𝐫𝐚𝐠ã𝐨 - 𝐎 𝐓𝐑𝐈𝐎 𝐃𝐀 𝐂𝐎𝐍𝐐𝐔𝐈𝐒𝐓𝐀

|3| TRÊS 𝙲𝙰𝙱𝙴Ç𝙰𝚂 𝚃𝙴𝙼 𝙾 𝙳𝚁𝙰𝙶𝙰𝙾

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𝒯𝑟𝑒𝑠 𝑐𝑎𝑏𝑒ç𝑎𝑠 𝑡𝑒𝑚 𝑜 𝑑𝑟𝑎𝑔𝑎𝑜

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Voar com Meraxes era libertador para Rhaenys; ela adorava a profunda conexão que partilhavam. Rhaenys era montadora de dragão desde os oito anos, e no primeiro encontro com Meraxes, houve certa estranheza mútua. Em duas ocasiões, ela quase perdeu o equilíbrio da sela, mas logo se adaptou.

Rhaenys costumava voar com Aegon por mera diversão, entretanto, desta vez, não era por mera diversão. Balerion, por sua vez, parecia inquieto nos céus, talvez captando a tensão que envolvia Aegon.

Pelo menos, a ida a Derivamarca durou apenas algumas horas, pois a região se situava em proximidade com Pedra do Dragão. A ilha estava localizada a oeste deles, sendo a mais próxima e, como resultado, sempre mantiveram um contato próximo com a Casa Velaryon. Assim que a família Targaryen chegou a Westeros, foi estabelecido um acordo de aliança entre as duas casas.

Aegon sabia que precisava do apoio deles naquele momento. O conhecimento estratégico de Daemon como mestre dos mares seria inestimável. Ele dominava as artes da navegação e da guerra naval como poucos, e sua experiência em batalhas recentes havia provado sua capacidade de liderança. Combinar a sua habilidade militar com a perspicácia política de Aegon poderia ser uma combinação formidável.

Era evidente que uma aliança com ele se tornaria imprescindível. Sua frota era uma das maiores e mais poderosas do mundo conhecido, e a riqueza de sua casa estava em constante crescimento. Unir seus recursos e influências seria benéfico para ambos os lados, fortalecendo ainda mais suas posições em Westeros. Mas, ele não sabia ao certo como seria a reação de Daemon.

Ao adentrar o salão, Aegon deparou-se com a presença de Daemon sentado em seu trono de madeira. Ao seu lado estava Mônica, sua esposa/irmã e do outro seu filho Aethan. Este que por sua vez, encarou Aegon com certa arrogância.

— Meus queridos sobrinhos, há quanto tempo não nos encontramos — expressou Daemon, com certo desdém em sua voz. — A que devo a honra de sua ilustre visita?

Aegon começou a detalhar seus planos para conquistar os Sete Reinos, enquanto Daemon ouvia atentamente.

— Então, meu querido sobrinho, você deseja conquistar todos os Sete Reinos? — Daemon o questionou novamente.

Aegon assentiu.

— Interessante... — Daemon falou, e pareceu ponderar por um momento.

— Você está mesmo pensando sobre isso, pai? — falou Aethan, virando-se para Daemon. — Mesmo depois de tudo que houve?

— Achei que tivéssemos superado isso — Rhaenys comentou Rhaenys, fazendo Aethan virar-se para encará-la.

— Superado? Você era minha noiva! — Aethan falou em um tom agressivo. Aegon o encarou e Rhaenys revirou os olhos.

Por dentro, Aegon sentiu uma onda de fúria crescer. O desejo de avançar em Aethan e fazê-lo sentir seu punho pelo que ele fez com Rhaenys era grande, mas Aegon sabia que, naquele momento delicado, precisava engolir a raiva e demonstrar diplomacia.

Aethan e ela estiveram noivos por um tempo. Rhaenys passou um tempo em Derivamarca, e os dois se divertiram juntos. No entanto, Aethan era ciumento e possessivo, implicando com as roupas que ela vestia e suas amizades com os músicos do castelo. Certa vez, espalhou boatos sobre ela se deitar escondida com esses amigos. Rhaenys achou um absurdo e o deixou. Logo depois, ela casou-se com Aegon.