|8| 𝙾 𝙻𝙾𝙱𝙾, 𝙾 𝙵𝙰𝙻𝙲Ã𝙾 𝙴 𝙾𝚂 𝙸𝙽𝚂𝚄𝙱𝙼𝙸𝚂𝚂𝙾𝚂

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𝒪 𝑙𝑜𝑏𝑜, 𝑜 𝑓𝑎𝑙𝑐𝑎𝑜 𝑒 𝑜𝑠 𝑖𝑛𝑠𝑢𝑏𝑚𝑖𝑠𝑠𝑜𝑠

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As grandes ruínas de Harrenhal ardiam lentamente, como se fossem brasas dançantes. Aegon desejava transmitir essa lembrança vívida aos seus adversários, na esperança de que eles se rendessem pacificamente. Reuniu, então, todo o exército que o acompanhava, partindo em direção ao Tridente, onde almejava encontrar Torrhen Stark, o rei do Norte, para dialogar acerca de sua posição. Voavam juntos Balerion, Vhagar e Meraxes, dominando os céus com sua imponente presença.

— O rei do Norte mandou um emissário, Majestade — disse um dos soldados de Aegon. — Tome cuidado, há rumores de que ele tem a intenção de assassinar os seus dragões.

A essa fala, Aegon riu de maneira despreocupada. Matar dragões? Seria necessário uma dose considerável de coragem para enfrentar sozinho três dragões adultos, especialmente o temível Balerion.

— Mande-o entrar — ordenou, enquanto sua voz ecoava com confiança.

Um jovem, aparentando não ter mais que vinte anos, adentrou acompanhado pelos soldados de Aegon. Ele vestia trajes invernais, ostentando com o estandarte do lobo, símbolo da nobre Casa Stark.

— Apresento-me como Brandon Snow, vim trazer os termos de uma negociação — proferiu ele com uma ansiedade evidente.

— E qual é a mensagem que traz consigo?

— Meu rei anseia pela independência do Norte. Mas, ele quer preservar a paz e evitar derramamentos de sangue e fogo... Prometemos não batalhar, desejamos manter nossos reinos unidos.

— Snow, não é? Você é o filho dele?

Nesse instante, o jovem abaixou o olhar, revelando uma expressão de timidez. "Snow" era o sobrenome dado aos filhos ilegítimos nascidos nas terras do Norte, e boatos circulavam sobre os muitos bastardos de Torrhen.

— Traga seu pai até aqui — Aegon disse, rompendo o silêncio. — Apenas para dialogarmos, dou-lhe minha palavra.

Ele consentiu com um aceno e partiu. Aegon sentiu a necessidade de estabelecer uma conversa com Torrhen, para desvelar os seus motivos. Os Stark eram famosos por ser uma família com mais diplomacia e lealdade nos reinos, e Aegon queria aproveitar essa virtude em seu favor.

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Em um momento mais tarde, Torrhen Stark foi de encontro a Aegon e se acomodou à mesa, ocupando o assento de frente diretamente a ele. Seu porte denotava seriedade, entretanto, um olhar repleto de inquietação transparecia em seus olhos.

— Qual é o seu propósito em relação ao Norte? — ele questionou a Aegon. — Meu reino, embora seja o maior de Westeros, não ostenta grande riqueza. Nossos invernos são rigorosos, nós cultuamos os deuses antigos, e o Norte ainda se lembra dos tempos de profunda escuridão.

— Eu preciso dos sete reinos, e o Norte possui igual importância aos demais seis. Torrhen, nossas casas devem permanecer unidas, especialmente quando a Longa Noite se aproximar — expressou Aegon de maneira determinada.

Torrhen ficou surpreso por Aegon saber acerca da Longa Noite, já que para o restante de Westeros, tal fato era apenas uma narrativa lendária.

— Como tem conhecimento disso? — perguntou Torrhen, perplexo.

𝐀 𝐅ú𝐫𝐢𝐚 𝐝𝐨 𝐃𝐫𝐚𝐠ã𝐨 - 𝐎 𝐓𝐑𝐈𝐎 𝐃𝐀 𝐂𝐎𝐍𝐐𝐔𝐈𝐒𝐓𝐀Onde histórias criam vida. Descubra agora