|21| 𝙿𝚁𝙾𝙼𝙴𝚂𝚂𝙰𝚂

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Muitos cavaleiros apareceram em Porto Real se oferecendo como candidatos para a Guarda Real.  Eles vieram de todos os cantos do reino. Alguns eram filhos caçulas, outros, herdeiros de casas ancestrais que abriram mão da herança para servir ao rei.

— Podemos fazer um torneio para determinar os melhores entre eles. Seria uma maneira de selecionar os melhores para proteger o reino — propôs Aegon. 

— Não podemos confiar apenas na habilidade marcial. Esses cavaleiros podem ser habilidosos no combate corpo a corpo, mas a lealdade é uma qualidade mais difícil de discernir em um torneio — respondeu Visenya, em um tom frio. — Não quero correr o risco de cercar você com homens cujas intenções possam ser duvidosas. Eu mesma vou selecioná-los.

Aegon suspirou, sabendo que não iria ganhar aquela discussão. Eles estavam se desentendo há um tempo, mas ele não estava disposto a discutir novamente com ela.

—  Muito bem, Visenya. Confiarei em sua sabedoria para escolher aqueles que servirão como os guardiões mais leais do reino. Que assim seja.

Depois de vários dias para selecionar a guarda, Visenya chegou a uma decisão. Ela selecionou campeões jovens e velhos, altos e baixos, morenos e louros. Um era um cavaleiro andante, outro, um bastardo. Mas todos eram ágeis, fortes, observadores, habilidosos com espada e escudo, e dedicados ao rei.

Um deles era Corlys Velaryon, irmão mais novo de Aethan. Corlys era um excelente guerreiro e comandava as frotas da família enquanto seu irmão ficava no conselho. Visenya achou uma boa ideia colocá-lo como comandante da guarda real. Trazendo mais aliança com a casa Velaryon.

— O único propósito de vocês será proteger o rei, abrindo mão da própria vida se for necessário — explicou Visenya, ao sete escolhidos.  — Assim como os corvos da Patrulha da Noite juram, vocês servirão por toda a vida, abrindo mão de terras, títulos e bens materiais para levar uma vida de castidade e obediência, cuja única recompensa será a honra.

Os escolhidos juraram lealdade à rainha e ao rei, e se comprometeram a treinar e se preparar para qualquer ameaça que pudesse surgir. Visenya observou-os com atenção, satisfeita com sua escolha. Ela sabia que a guarda real seria um dos pilares mais importantes do reinado de Aegon, e estava confiante de que esses homens seriam capazes de proteger o rei a todo custo.

Sentada no trono de ferro, ela tomou aquela decisão. Mesmo que Aegon não se importasse, ela estava determinada a assegurar a segurança dele. Ela sabia que muitos não a levavam a sério e até algumas mentiras rodavam a seu respeito. Se fosse verdade, seria uma ironia cruel, pois ninguém ali se empenhava mais em proteger Aegon do que ela. 

Visenya tinha medo de perdê-lo. Já havia perdido Rhaenys e mal estava suportando. Se o perdesse, ela desmoronaria, e por isso não hesitaria em fazer o que fosse preciso para protegê-lo.

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Visenya subia pelas escadas do castelo, mas seus passos diminuíram ao ouvir uma conversa mais adiante e seu nome sendo citado algumas vezes. Curiosa, ela percebeu que uma voz pertencia a Aegon e outra a de Alton Celtigar. Intrigada, ela decidiu se esgueirar para mais perto e se ocultar atrás das paredes, tentando ouvir o que estava sendo dito.

𝐀 𝐅ú𝐫𝐢𝐚 𝐝𝐨 𝐃𝐫𝐚𝐠ã𝐨 - 𝐎 𝐓𝐑𝐈𝐎 𝐃𝐀 𝐂𝐎𝐍𝐐𝐔𝐈𝐒𝐓𝐀Onde histórias criam vida. Descubra agora