Após anos de estudo para se tornar fisioterapeuta, Liana Evans ingressa no inimaginável mundo da Fórmula 1 como fisioterapeuta oficial do piloto Pierre Gasly da Scuderia Alphatauri. Evans colide com uma realidade totalmente diferente do que estava a...
Meu primeiro dia de trabalho na Scuderia AlphaTauri está prestes a começar. Passei anos focada em livros, videoaulas, podcasts de estudos, aulas, anotações, tudo para finalmente me tornar uma fisioterapeuta. Me formei a um ano, desde então, estabeleci meu novo objetivo, que seria conseguir me empregar em alguma equipe do esporte que eu mais amo nesse mundo, a Fórmula 1. Tive muita sorte de ter um querido amigo que já trabalhava na Scuderia AlphaTauri, Jhonny é um mecânico da equipe. Um certo dia, ele me liga dizendo que estavam à procura de fisioterapeuta na equipe e que essa poderia ser minha oportunidade. Ele me indicou para um teste, eu fiz, e felizmente consegui passar. Nem consigo descrever o quanto fiquei feliz e realizada quando recebi a carta que me oferecia a vaga. Sem pensar duas vezes, peguei um avião direto para a Itália para resolver toda a papelada da minha contratação oficial.
Agora, na Itália a quase dois meses, estamos apenas a duas semanas da primeira corrida do ano. A loucura está prestes a começar. Hoje, fui convocada para uma reunião da equipe, pelo que entendi é um tipo de reunião anual que acontece sempre antes do início da temporada para apresentar os novos membros, funciona como boas-vindas e também para que os novos contratados sejam reconhecidos.
Tomo logo meu banho quente, o dia estava bem frio, então visto uma calça de couro preta, um suéter de tricô e uma bota preta. No cabelo, deixo preso em um coque baixo e um pouco frouxo, não tão formal quanto o de uma aeromoça, mas não bagunçado ou solto demais. Como é apenas uma reunião menos profissional, o look pode ser também menos formal.
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Como apenas uma fatia de torrada e uma xícara de café antes de sair do hotel. Estou tão ansiosa e nervosa que não consigo comer normalmente, mal consegui engolir o que me propus a comer, mas dá tudo certo. Chamo um uber e sigo meu caminho até o destino.
Finalmente, na sede da Scuderia que vou prestar serviços. Meu coração quase não consegue se conter dentro da minha caixa torácica de tão rápido que está batendo. Respiro fundo e tento manter a calma que estava bem longe de mim, caminho até a entrada, me identifico com o meu crachá e sou guiada pela simpática moça da recepção até a sala onde aconteceria a reunião. Era um salão grande, cheio de cadeiras, muito mais do que eu conseguia contar, na frente, havia um palco relativamente grande, pessoas estavam trabalhando no ajuste do som e do painel. Haviam poucos membros da equipe por aqui, talvez eu tenha ficado tão nervosa que me precipitei até demais. Procuro a cadeira que identificava com meu nome, sento e fico tentando me distrair no celular. Olho as cadeiras ao meu lado, e percebo que fui colocada ao lado dos mais importantes da equipe, à minha direita estava Pierre Gasly, à direita dele estava seu companheiro de equipe, Yuki Tsunoda. À minha esquerda, estavam nomes que eu ainda não havia visto, provavelmente novatos como eu.
Logo o salão estava lotado, o vozerio era grande, sotaques de todas as formas, vários idiomas e tudo mais que se possa imaginar de um salão cheio de gente. O piloto que assumia o carro de número 10 chega cumprimentando algumas pessoas que já eram de seu conhecimento, se dirige à sua cadeira e se acomoda.