5. Ella

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Em comparação com o último, esse capítulo ficou meio curto. É mais sobre a vida da Ella(Lorde). Eu estava um pouco apressada hoje, então não me culpem se tiver algo errado ou sem sentido. Se tiver, por favor, me avisem. Boa leitura!

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A Estação de Berlim estava abarrotada naquela manhã. Parecia até que todos na cidade haviam decidido mudar para o campo.

Eu carregava minha mala enquanto meus pais andavam ao meu lado com os braços dados. Eu vestia um vestido verde-água e mocassins marrons, os cabelos outrora bagunçados e espalhados pelas costas hoje haviam sido trançados com fitas pela minha mãe.

Após perambular um pouco pela estação, encontramos os Swifts e os Styles, e nós os cumprimentamos a

 E então foi a hora de dar adeus. Observei enquanto Selena e Taylor friamente se despediam do Sr. e da Sra. Swift, e me perguntei o porquê. Harold Styles deu um abraço caloroso no pai, e outro na mãe, seguido por um beijo em sua bochecha. A Sra. Styles começou a chorar, e foi abraçada pelo marido. Austin e Gemma praticamente fizeram a  mesma coisa, abraçando os pais com força. A única diferença era que Gemma estava com a expressão de que em breve choraria. E então, foi a minha vez.

Primeiro dei um abraço forte em minha mãe. Ela tinha a mesma expressão triste dos últimos seis meses, e isso por um instante me fez pensar que o fato de eu estar indo embora não a comovia nem um pouquinho. Minha vontade era de me esconder entre as suas pernas, segurando a saia  de seu vestido como costumava fazer até os oito anos de idade.

Fui em direção ao meu pai, e o abracei. Ele me afastou um pouco, me segurando  pelos ombros, e olhou para cada parte de meu rosto, sorrindo.

- Veja só o quão bonita você se tornou, minha Ella. - Ele falou.

Dei uma risada, soluçando. Eu tinha começado a chorar. 

- Não chore. - Ele disse. - Vamos nos ver em breve, minha menina. Agora vá, ou irá perder o trem.

- Eu amo você, papai. - Eu disse com a voz embargada, em seguida peguei minha mala do chão.

Meus colegas de viagem já subiam no trem, e eu corri para lá. No segundo degrau, olhei para trás, e vi minha mãe chorando. Meu pai com um sorriso consolador para mim.

- Amo vocês! - Gritei por cima de todas as vozes e ruídos da estação, acenando.

Me virei para frente e entrei no vagão.

Limpei as lágrimas enquanto procurava Taylor, Selena e Harry. Os encontrei em uma cabine do último vagão. Abri a porta, coloquei minha mala n bagageiro e me sentei ao lado de Harry, que tinha Gemma no colo. 

Após alguns segundos, o trem apitou e começou a se mover. Nós saímos da estação.


Por cerca de meia hora o silêncio reinou. A paisagem da cidade foi aos poucos se transformando em campos, cada vez mais vastos.

- Eu estou com saudades da mamãe, Tay. - Austin falou sentado ao lado dela.

- Já? - Taylor perguntou. - Você não sentiu saudades na semana passada quando foi dormir na casa de Jodi Hubberman.

Ele deu de ombros.

- Na casa do  Jodi eu sabia que iria ver vocês de novo. Agora, já não sei.

- Vem cá. - Taylor abriu os braços. Austin se sentou no seu colo, e ela o abraçou com força por trás. Sussurrou algo em seu ouvido. - Harold, como é a casa que iremos morar? - Ela perguntou.

- Humm... Não sei se me lembro. Eu estive lá pela última vez com nove anos. Me lembro de ser branca... E grande. Tinha um quintal enorme, praticamente todo o vale. Um lago. Haviam três ou quatro quartos, por aí. Uma biblioteca... Um celeiro. É tudo o que me lembro. - Sua voz estava nervosa. Eu não sabia o por que de tanto nervosismo.

- Parece ser um bom lugar. - Disse Selena.

Concordei com a cabeça. 

Eu não era de falar muito. Acho que tinha puxado isso da minha mãe. Ela era quieta como eu. Mas nos últimos meses, ela tinha ficado quieta demais. A depressão a pegou m cheio depois da morte do meu irmão.

Meu irmão.

Não havia como esquecê-lo. Os cabelos negros cacheados balançando quando ele descia as escadas correndo. Seu sorriso quando me via fazer aquelas trapalhadas de criança. Ele era quatro anos mais velho do que eu. Havia ido para a guerra no ano passado, e tinha ficado quase oito meses fora. Havia escrevido todos os dias... e então parou de escrever. E logo depois veio o telegrama. Angelo havia morrido aos vinte anos em combate. E aquilo tinha sido demais para minha mãe.

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