11. Taylor

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Ooooi gente linda! Aqui está o capítulo onze. Tem uma passagem de tempo, porque achei que seria melhor se pulássemos um pouco desse lero-lero. Eu particularmente gostei muito desse capítulo, e espero que vocês gostem também.
boa leitura!

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Subi as escadas para o andar de cima. Andei até o final do corredor, onde eu nunca tinha ido antes. Haviam algumas portas, e eu entrei em uma delas.

O cômodo era a típica "sala de bagunça". Haviam móveis cobertos por panos brancos, janelas altas. Havia um pouco de material de limpeza e alguns objetos empoeirados. O único móvel que não era coberto por panos era um grande armário de madeira escura, onde várias pessoas poderiam ficar de pé ao mesmo tempo.

Abri a porta e entrei. Haviam muitos casacos, e imaginei que só ficavam ali provavelmente por que Aurenberg era um lugar quente, ou o mais próximo de quente que poderia existir na Alemanha fechei a porta, afundando um pouco no mar de casacos.

Ouvi a porta da sala se fechar. Não é possível que eu tenha sido a primeira a ser pega, pensei. A porta do armário se abriu e alguém que eu não pude ver entrou, fechando a porta logo em seguida.

Não se passaram dois segundos, e a pessoa me pressionou contra a parede, selando seus lábios nos meus. No primeiro momento temi ser Calvin, mas reparei que... eu conhecia aqueles lábios. Harry.

Relaxei, retribuindo o beijo. Minhas mãos subiram para sua nuca, se fechando em torno de seu pescoço. As dele seguravam delicadamente, porém firmemente minha cintura.

Depois de algum tempo, coloquei as mãos em seu peito, o empurrando levemente.

- Taylor. - Ofegou ele. - Você... você podia ter me dito que gostava de mim assim.

- Eu não sabia. - Falei. - Não até ontem. Foi como... como se quando eu tivesse te beijado, eu tivesse me dado conta de que... de que você era alguém especial para mim.

Pela luz que entrava pela fresta do guarda-roupa, eu pude vê-lo sorrir. Então ele me puxou para si, colando meu corpo no fundo do armário, e me beijando logo em seguida. Passei a mão pelo seu cabelo, sentindo a maciez dos cachos.

Eu não sabia mais quanto tempo nós tínhamos ficado ali. Mas ouvi a porta da sala se abrir, e empurrei Harry com tal intensidade que ele bateu com força nas portas do armário, caindo para fora.

Mas não sozinho.

Nossas pernas, antes entrelaçadas, serviram como algemas, e me fizeram cair em cima de Harry.

Eu caí, com as mãos e seu peito. Olhei para ele assustada. E então nós começamos a rir. Gargalhei, olhando para seus olhos verdes, logo depois olhei para cima, e a risada foi morrendo.

Todos estavam em volta de nós, cada um com um olhar.

Ella e Selena nos olhavam com um ar de satisfação, e até orgulho, de alguma forma.

Austin me olhava surpreso, com um ar que mostrava que ele nunca tinha pensado na irmã mais velha dessa forma.

Gemma me olhava com raiva, como se eu tivesse colocado herói dela num saco e saído correndo.

Calvin me olhava com nojo, como se eu fosse a maior vadia do universo. Particularmente, o olhar dele foi o que mais me perturbou.

Meu rosto queimou. Saí de cima de Harry, e o ajudei a se levantar.

- O que você está fazendo com o meu irmão? - Perguntou Gemma.

- Eu... Hã... Nada, Gemma... Nós só... Estávamos nos escondendo no mesmo lugar. - Sorri de forma nervosa.

- E por que vocês estavam sorrindo um em cima do outro? - Perguntou Austin cruzando os braços.

Cala a boca, Austin.

- Nós não estávamos fazendo nada que precise se preocupar, senhor. - Falou Harry, bagunçando os cabelos de Austin.

Selena deu a mão para Austin e Gemma.

- O que acham de tomarmos um sorvete, depois desse jogo acirrado?

- Sorveeeeeeeeteeee! - Austin saltitou.

Calvin a seguiu com a cara fechada. Harry piscou para mim, e saiu da sala.

Ella me deu uma cotovelada, me olhando maliciosa.

- Para! - Eu falei corando.

- O que foi que aconteceu?

- Nada! Quer dizer... Nós só nos beijamos...

- Sei. - Ela andou até a porta, e parou antes de sair. - Seu cabelo está bagunçado.

Ela saiu, rindo.

Bufei, colocando os fios loiros de volta no lugar. Desci as escadas, e fui até a cozinha. Lá, Austin e Gemma estavam sentados na mesa, e Selena lutava contra a tampa do pote de sorvete. Ella estava encostada na parede, ao lado de Harry. Calvin não estava á vista.

Olhando ali, tudo parecia perfeito. Os sorrisos, o sol entrando pela janela. Era uma família perfeita. Todos se gostavam e estavam felizes. E era isso que importava. Só isso.

*Cinco meses depois*

O clima frio entrava pela janela que nós tínhamos esquecido aberta, eu me encolhia na cama. Olhei para o quarto. A janela estava aberta, mas ninguém estava no quarto. Achei estranho, e me levantei. Eu quase sempre era primeira a acordar.

Coloquei os pés para fora da cama, tocando meus dedos no chão frio. Coloquei o roupão por cima da camisola, e saí do quarto . Desci as escadas, indo para a cozinha.

Quando coloquei os pés para dentro da cozinha, todos gritaram:

- Feliz aniversário!

A cozinha estava decorada com balões coloridos, e em cima da mesa havia um café da manhã bem... generoso. Panquecas, calda de caramelo, biscoitos de chocolate, suco, café e mais muitas coisas.

Eu tinha quase me esquecido do dia. 13 de dezembro. Eu tinha dezessete anos.

Um a um, todos vieram me abraçar. Harry por último, e quando todos estavam distraídos, ele depositou um beijo rápido em meus lábios. Sorri, e ele piscou para mim. Notei que em um canto da cozinha haviam alguns pacotes. Presentes.

- Gente, não precisava de presente algum. - Falei. - Só vocês aqui... já é um presente.

- Deixa de ser boba, querida! - Tia Jude disse.

Abrimos os presentes, e o resto do dia foi igualmente maravilhoso.

Quando todos estavam na cama, eu e Harry estávamos na varanda, eu deitada de lado no colo dele, em cima da cadeira de balanço. Uma manta grande nos cobria.

- Você gostou do seu aniversário? - Ele perguntou.

- Gostei muito.

- Taylor... precisamos falar de uma coisa. - Ele disse sério.

- O quê? - Perguntei preocupada.

- Você tem Dezessete... Em breve seu pai vai começar a procurar... você sabe, pretendentes.

Epa.

Ele continuou.

- E acho... que pelo menos daqui a um ano, devemos voltar á Berlim. Para que possamos convencer ele que nós devemos ficar juntos para sempre.

Fiquei em silêncio. Não sabia o que dizer.

- Taylor? - Ele perguntou.

- Sim. Acho bom que você esteja se preocupando com o nosso casamento... mas acho que se voltarmos agora, voltaremos no meio de uma guerra. Vai ser muito, muito ruim. Então acho que devemos viver o agora. Devemos amar, odiar, um dia de cada vez. Vamos pensar nisso daqui a algum tempo.

Ele me abraçou.

- Eu te amo, Taylor.

- Não mais do que eu. - Sorri.

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