Our Battle

24. Taylor

oooooooi genteeee

PASSAGEM DE TEMPO, UHUUUL! Isso significa que muita coisa aconteceu, então fiz esse capítulo e-nor-me. Boa leitura!

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*Três anos depois*

Acordei com a luz do sol no rosto. Haviam braços fortes ao meu redor. Não que fosse nesses braços que eu desejasse estar. Me levantei sem fazer muito barulho e nenhum movimento muito brusco. O mau-humor de Calvin sempre aparecia durante a ressaca, o que acontecia quase todos os dias. Passei o robe ao redor do meu corpo e joguei os cabelos para trás. Fechei os olhos por um instante, antes de suspirar e andar até o quarto ao lado. Abri a porta, para o quarto de paredes cor-de-rosa e um berço. Uma pequena gata ronronava na poltrona no canto. Abri a janela e afastei as cortinas. Em seguida, andei até o berço e sorri para a garotinha.

- Abby, hora de acordar, meu amorzinho. - Falei sutilmente, mas alto o bastante para despertá-la. Ela se espreguiçou e abriu os grandes olhos azuis.

Abigail havia nascido havia dois anos. Sus traços eram fortes como os meus. Olhos azuis, cabelos loiros, pele branca. Ela com certeza era a única coisa que me fazia sorrir naquele casamento. O primeiro ano com Calvin foi bom, eu até posso dizer que comecei a sentir algo por ele. Porém, eu tinha que lidar com o vazio no coração causado pela morte de Harry. Eu não queria passar o dia inteiro sozinha naquela mansão, então comecei a trabalhar, na biblioteca mesmo. Quando eu descobri que estava grávida, quatro meses após o casamento, foi como se o mundo desabasse. Eu não queria ter um filho com Calvin. Mesmo gostando dele, eu sabia que meu coração não pertencia a ele. Não queria que fosse ele. Queria que fosse Harry.

Mas quando Abigail nasceu, tudo o que eu podia pensar era que ela tinha sido a melhor coisa que me acontecera. Seus pequenos olhos me encantavam, me faziam sorrir. Sua presença era um feixe de luz na escuridão da perda. Mas foi aí que começou a bebedeira. Calvin parou de beber apenas em festas e outras ocasiões. Todos os dias, ele chegava do trabalho e mal nos olhava. Ia direto para o armário da cozinha e se sentava na sala com uma garrafa de Whisky.

Dois anos se passaram, sozinha com um bebê.

Peguei Abby no colo e a coloquei em cima do trocador. Troquei a seu pijama por um vestidinho vermelho com bolinhas brancas. Penteei seu cabelo loiro e o prendi em um pequenino rabo-de-cavalo.

- Pronta para ir para o trabalho com a mamãe? - Perguntei.

- Sim! - Ela pulou no meu colo.

Andei pelo corredor e entrei de novo no meu quarto. Calvin estava acordado e agora se sentava na cama.

- Bom dia. - Falei sem o olhar nos olhos. Ele não respondeu. Sentei Abigail na cama enquanto me trocava. Coloquei uma camisa de mangas curtas azul, uma saia florida no mesmo tom e uma sapatilha branca. Prendi o cabelo num rabo de cavalo e passei o batom vermelho habitual.

Dei a mão para Abigail para que saíssemos do quarto.

- Você não deveria trabalhar. - Calvin falou.

- Vamos entrar nessa discussão de novo?

- É ridículo. Nós temos dinheiro, você devia se colocar no seu lugar como mulher e esposa..

- Não é seu dever me dizer qual é o meu lugar, Calvin.

- É o meu dever sim, Alison.

A raiva veio.

- Não ouse...

Fui interrompida por uma voz aguda infantil.

- Papai, mamãe, por favor não briguem!