19. Harry

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Sei que demorei, mas foi muito difícil escrever esse capítulo triste. Espero que vocês aproveitem.

Para quem não viu, eu mudei a capa, espero que vocês tenham gostado..

Estou com essa semana um pouco livre, então pode ser que eu poste na quinta feira (Não criem expectativa, vocês me conhecem hahahaha). Boa leitura!

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Era sexta feira, e eu estava contando os segundos para Taylor chegar. Literalmente.

Ela tinha ligado dizendo que queria passar o dia comigo, que tinha pedido para o pai dela e que queria dizer algo importante. E tinha dito que iria buscá-la, mas ela insistiu em vir sozinha. E enquanto isso Gemma me fazia brincar de pique-esconde.

- Quarenta e oito... Quarenta e nove... Cinquenta. Gemma, estou indo!

Comecei a andar pela casa, e na sala, em uma das cortinas, pude ver dois pequeninos pés.

- Puxa, será que eu não vou encontrar a Gemma mesmo? - Falei alto e ouvi uma risadinha.

Andei lentamente até a cortina e a puxei. Começamos a dar risada, no momento em que ouvimos a campainha.

Andei até a porta e a abri. Taylor estava com uma cesta de pequenique, usava um vestido de verão cor-de-rosa que eu já conhecia. Os cabelos loiros estavam presos em um rabo de cavalo.

- Oi. - Ela falou sorrindo.

Eu a beijei na bochecha.

- Você está linda. E então? O que vamos fazer? Você tinha algo para contar?

Ela pareceu relutante, mas sorriu.

- Só queria te dizer que eu quero passar o dia inteiro com você. Você está com o carro?

- Sim... Por que?

Ela ergueu a cesta.

- Piquenique!

***

Dirigi pela cidade, atravessando-a. Taylor se sentava ao meu lado, no conversível preto. O rabo de cavalo já estava caindo, como sempre acontecia com os seus cabelos lisos. Paramos em uma estrada pouco movimentada. Descemos do carro e andamos até uma clareira com vista para um lago e eu ajudei Taylor a estender uma toalha vermelha clássica de pequenique. Nos sentamos e observamos o lago com sua água incrivelmente parada, sem uma única ondulação.

- O que você trouxe para nós? -Perguntei sorrindo.

Ela colocou algumas mechas do cabelo para trás e abriu a cesta, tirando o conteúdo.

- Temos sanduíches de presunto, refrigerante, maçãs e chocolate.

Comemos e conversamos sobre a volta para Berlim, ela parecia incomodada com alguma coisa, mas decidi não preguntar. Em certo momento, ela se deitou no chão com a cabeça no meu colo. Eu passei a mão pelos seus cabelos.

- Amo você. - Falei, olhando em seus olhos.

- Eu... também amo você.

- O que está te incomodando?

- Nada.

- Você sabe que pode me contar qualquer coisa, não é?

- Sei. Não é nada.

Andamos até o pequeno píer do lago. Taylor sorriu, travessa.

- Desafio você a pular no lago.

- Eu não vou pular no lago.

- Está com medinho?? - Ela caçoou.

Suspirei.

- Foi você quem pediu.

Tirei a camisa e os sapatos. Pulei na água fria.

- Agora você pula!

- Ah, você achou mesmo que eu iria pular? - Ela deu risada. - No máximo, posso te ajudar a subir aqui de volta.

Ela se abaixou e estendeu a mão.

Eu peguei a mão dela com quem não quer nada e a puxei. Ela gritou e caiu na água, se assustando com a temperatura da água.

- Não acredito que você fez isso. - Ela disse se apoiando em mim. Ela sorriu e me beijou. - Já são quase cinco da tarde. Temos que ir embora.

Nós nadamos até a beirada e recolhemos tudo o que estava na grama. Taylor estava sem uma das sapatilhas, o vestido pingava e os cabelos molhados estavam colados em seu rosto. Antes de dar partida no carro, peguei um paletó que estava no bando de trás e dei para que ela o vestisse.

Em alguns minutos estávamos em nossa rua novamente. Eu queria levá-la em casa, mas ela insistiu que parássemos na minha. Na hora de se despedir, ela começou a chorar.

- Ei, o que foi? - Eu a tomei em meus braços, as mãos dela em meu peito.

- Hoje foi o último dia, Harry! Foi o último...

- Último dia do que?

- O nosso último dia. Meu pai... eu vou ter de me casar.

Eu não estava entendendo.

- Como assim? Nós vamos nos casar?

Ela suspirou e olhou para cima, numa tentativa inútil de fazer com que as lágrimas parassem de cair.

- Não nós. Eu. Meu pai já forjou todo o noivado. Enquanto estávamos em Auremberg, ele planejou tudo. Ele queria que eu me casasse com um militar e foi o que fez. E se... se eu não me casar... Ela vai te matar. Por favor, não pense que eu não quero passar o resto da minha vida com você. Que eu não queira descobrir os seus olhos verdes em nossos filhos. Que eu não te ame. Eu só prefiro viver longe de você... Do que viver e saber que você está morto.

- Quem... quem é?

Ela chorou ainda mais.

- Calvin Harris.

Eu não sabia o que pensar, o que sentir, o que fazer. Eu não sabia se estava triste, magoado, com raiva, frustrado ou qualquer outra coisa. Eu sabia que a Taylor estava pior. Seus olhos demonstravam tudo. Que ela se sentia culpada, usada. Mas eu sei que naquele momento, não havia mais nada a fazer. Scott Swift havia ganhado. Mais uma vez. Então eu tomei Taylor em meus braços e a segurei firme, enquanto ela soluçava. Beijei o topo da sua cabeça.

- Não se esqueça de que eu amo você como eu nunca vou amar outra pessoa. Taylor Alison Swift, você é a pessoa que mais me fez feliz em toda a minha vida.

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