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∶Nᴇʏᴍᴀʀ∶
Estou no carro agora, indo em direção a casa da Clarisse. Eu e ela nos conhecemos à mais de três anos, em uma das festas de seu irmão e por acaso, meu melhor amigo. Começamos a ficar a uns cinco meses, e todas as vezes que estou com ela, sinto algo diferente, e arrisco a dizer que posso estar gostando dela, mas ainda quero acreditar que é só fogo mesmo. Bato na porta de sua casa, observando com um sorriso seu rosto com feições cansadas.
—— oi Júnior, entra. — ela sorri, dando o devido espaço e eu ligo entro, a puxando pela cintura e dando-lhe um beijo calmo. —— eita, isso tudo é saudades?
Sorrio, concordando.
—— faz semanas que não te vejo, morena! — explico, sendo guiado para a sala.
—— aquele abençoado que eu chamo de filho, tá torrando a paciência que eu nem tenho, meu Deus! — ela exclama, se sentando em meu colo e abraçando meu pescoço.—— consegui fazer ele dormir pouco antes de você chegar. Miguel tem só três anos, mas uma energia que nunca acaba!
—— é, lembro daquela vez que ele correu tanto, que até eu cansei! Nem o Davi Lucca aguentou o batidão do moleque! — rimos ao lembrar do dia que por causa dos 'olés que o Miguel dava na gente, Davi acabou caindo na piscina e ficando por lá mesmo.
—— antes de dormir, Miguel perguntou por você... — a encaro, vendo ela brincando com meu brinco, como se fosse a coisa mais interessante do mundo.—— disse que estava com saudades do papi dele.
Arregalou os olhos, vendo que as bochechas da mulher a minha frente ficaram vermelhas.
—— você se importa? — arqueio a sobrancelha, tentando entender o sentido.—— digo, se ele te chamar de pai? A próxima vez que ele te ver, provavelmente vai te chamar assim. Mas se você não quiser, eu posso sentar e conversar com ele! É só que, você meio que 'tá cumprindo o papel que o escroto do pai biológico não faz e aí ele...
Puxo seu rosto para mim, a falando com um selar demorado.
—— você começou a falar de mais, linda. — acaricio sua bochecha.—— e relaxa, não tem problema, eu amo aquele moleque, e também amo você. Não ligo se ele me chamar de pai, eu faço o mínimo que o filho da puta daquele branquelo azedo não faz!
Ela me encara, franzindo a sobrancelha, me fazendo a encarar com dúvida.
—— que foi,doida?
—— você disse que me ama?
Arregalou os olhos, sentindo minhas bochechas esquentarem. Que porra, eu nem ouvi oque falei.
—— ahn, disse?
Ela acena animada, abraçando meu pescoço. Sinto-a fungar, e uma lágrima escorre para meu pescoço, me fazendo acariciar suas costas.
—— eu também amo você, Ney. Obrigada por isso tudo! — ela sorri.—— você me ajuda desde que eu tive o Miguel, e acho que nunca agradeci.
A encaro, olhando em seus olhos.
—— se eu te pedisse em namoro, você aceitaria?
Ela para por um seguindo, sorrindo, e assente me olhando.
—— ótimo, vou preparar um pedido muito foda pra você.
Beijo ela, e resmungo quando a mesma se separa.
—— pelo amor, não me pede em namoro em público.
A encaro, sorrindo malicioso.
—— vou te pedir no meio de um jogo do PSG!
Ela nega, gargalhando e deitando comigo no sofá.
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