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∶Sᴀʀᴀʜ∶
—— Gabriel, cala essa boca!
Grito pro meu namorado, que rapidamente me obedece. Respiro fundo, pedindo a Deus que me mande paciência.
—— Cara, tu já conhece meu pai, qual é a do desespero? — pergunto, segurando sua mão.
—— eu conheço seu pai como técnico, bonitinha, não como pai da minha namorada! — ele fala, passando a mão livre no cabelo.—— meu Deus ele vai me matar, eu nunca mais vou jogar, vou ser reserva o resto da minha vida!
Rio do desespero dele, o puxando pela mão, e segurando a gola de sua camisa, para conseguir puxar ele um pouco pra baixo pra beijar seu lábios. Ele suspira, segurando minha nuca.
—— amor, relaxa! Meu pai não vai te deixar no banco só por que a gente tá namorando!
—— depois que ele quase viu a gente se comendo? Eu não duvido não! Eu se fosse ele deixaria o cara fora da seleção. — ele explica, me fazendo rir.—— você ri né, sua safada! Isso é culpa sua, seu pai descobriu da pior forma que a gente tava tendo algo.
—— minha culpa uma ova! Foi você que me arrastou pro vestiário! — digo indignada
—— pode ter sido, mas não fui eu que tentei tirar a sua roupa!
—— cala a boca por que você que tirou meu sutiã seu cretino!
—— claro que eu tirei, tu me atiçou e eu tava querendo transar, porra! — ele gesticula com a mão.
Paro um pouco, rindo novamente do nosso desespero daquele dia. Ainda bem que a blusa do Gabriel estava por perto.
—— pronto? Descontou o nervosismo?— pergunto, arrumando seu cabelo.
—— é, tô mais calmo. Agora vamos logo antes que eu pegue um avião para o deserto.
⚽️
Já estamos na casa do meu pai, e no momento todos estamos sentados na mesa, e com todos eu quero dizer, meu pai, meu irmão, eu e o Gabriel. Estou ao lado do Gab, que está apertando minha coxa para descontar o nervosismo, e meu pai está na cadeira em frente a ele, enquanto Matheus está a minha frente.
—— então, Gabriel... realmente gosta da Sarah? — Adenor vulgo Tite, pergunta—— digo, não tá com ela por eu ser técnico da seleção, né?
—— não! Claro que não. Amo sua filha, de verdade!
Sorrio,gosto de ouvir ele falando que me ama.
—— ah, quem eu quero enganar. Não consigo fazer papel de pai ciumento. Tô feliz que ela esteja com você, de verdade. — ele sorri para nós, e vejo meu irmão concordar.
Ouço um suspiro aliviado vindo de meu namorado, e beijo sua bochecha.
—— ele tava surtando lá em casa, achando que você ia decretar que ele nunca sairia da reserva!
—— eu admito que pensei nisso quando vi vocês no vestiário, mas eu decidi ignorar, por que tô velho e posso morrer de estresse.
Rio dele, vendo Gabriel mais vermelho que a blusa do arsenal quando ele falou do vestiário. Começamos a comer, e em um determinado momento, Gabriel veio atrás de mim na cozinha, e me abraçou por trás, beijando minha nuca.
—— viu, bobo, deu certo!
—— é, admito que eu exagerei... só um pouquinho. — me viro de frente pra ele, o encarando.
—— pouquinho é oque meu pai fez depois do vestiário.
Gabriel joga a cabeça para trás e esconde o rosto com as mãos, resmungando alto, e me fazendo rir.
—— para de falar daquele dia, garota!
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Não revisado.
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E esse é o fim da primeira parte da maratona! 2036 eu volto com a segunda parte😉
