PRÓLOGO

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Essa história começou humilde e cresceu muito! 

Eu escrevi pensando em um cara que carrega uma cicatriz do passado e apesar de ser p*ca na sua profissão, ele não consegue se livrar da dor. Até que um dia ele conhece uma moça linda e frágil que, veja só, é justo a filha do homem responsável por seus problemas. Então, vingança é a única saída possível. Só que a paixão atropela e atrapalha tudo... 🔥🔥

Quando acabei de escrever, vi que tinha muuuuito a contar. Sinceramente não sei o que fazer com essa história. Então te mostro e peço sua opinião. 😘😥

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Maddie

Nesta nova fase da minha vida, todo dia tenho que matar um leão para sobreviver. Sair de casa, pegar condução, ir ao trabalho, enfrentar chefe e clientes, tudo é muito novo para mim. Para quem nunca trabalhou fora, ter que enfrentar o mundão é um desafio e tanto!

Chego ao prédio chique onde fica a clínica logo cedo de manhã, só tem eu e um segurança na porta. Bonitão, alto, sério, mal me olha. Abaixo a cabeça deixando o cabelo cobrir meu rosto e passo subindo os degraus da recepção imponente, chamo o elevador apertando o botão mil vezes e entro apressada.

Quero chegar logo ao consultório para assumir meu lugar no balcão de recepcionista. Temporária. Parece que tudo na minha vida acontecia assim últimamente, aos goles, na incerteza.

Geralmente eu nem precisaria chegar tão cedo, mas o psicologo que divide a clínica com minha chefe, a dermatologista, pediu ajuda porque um cliente queria ser aténdido antes de tudo e como homem nunca faz nada sozinho, eu estava lá para ser babá.

Visto o jaleco engomado, prendo o cabelo em um rabo alto, faço a maquiagem leve que minha chefe exige e assim que preparo a máquina de café expresso, a campainha toca. É cedo, antes das 7 da manhã, tudo ainda está trancado e eu destranco a fechadura sorrindo mecanicamente.

― Bom dia! ― digo e arregalo os olhos para o homem alto e lindo. Jovem, moreno, de terno sem gravata, manchas escuras sob os olhos amendoados.

― Bom dia. Dr Adams?

― Sim, aqui. ― saio de frente da porta e indico a recepção.

Ele passa deixando um rastro de perfume caro no ar, coisa de homem de classe, bem diferente do bosta do meu marido – ou melhor, ex-marido.

― O doutor já deve estar chegando. ― digo tentando parecer profissional. ― Quer um café? Acho melhor chá.

― O que quer dizer com isso? ― o homem tem voz de veludo, senta na poltrona estofada da recepção luxuosa como se fosse um rei ocupando o trono. ― Por que chá é melhor?

― Olheiras. ― eu sorrio sem jeito. ― Sem ofensas, mas parece que o senhor não dormiu bem. E veio ver um psicólogo a esta hora da manhã. Isso não é bom sinal.

Ele toca o rosto e aperta os olhos para mim. Me sinto queimar, é como se o homem tivesse a capacidade de me desvendar sem fazer força. Estou nua na frente dele, apesar das muitas camadas de lingerie, camiseta, jeans, jaleco bordado.

― E você me sugere chá de que?

― Mmm... camomila seria bom, calmante.

― Pareço nervoso?

― Parece um profissional cheio de responsabilidades.

Ele balança a cabeça concordando.

― A profissão mais tensa do mundo é motorista de ônibus.

O erro que eu nunca cometiOnde histórias criam vida. Descubra agora