CAPÍTULO 12

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Dick

Saio do elevador no andar da garagem e entro no carro alugado sem levantar a cabeça. Se eu for reconhecido, terei que inventar histórias para explicar que não é nenhuma negociata de política.

Assim que ligo o carro, o rádio e o ar condicionado começam a funcionar e eu tiro o celular do bolso do paletó.

Respiro fundo.

Eu amo o cansaço de tesão pos-sexo, não sentia isso há anos. Não tão forte e tão gostoso daquela forma.

Fecho os olhos, soco o volante e solto uma risada debochando de mim mesmo.

Que garota deliciosa!

Que vingança maravilhosa!

Se eu soubesse que seria tão prazeroso destruir a filha do homem que matou meu pai, não teria ficado tão angustiado esse tempo todo. Maddie é quase um prêmio para mim, me faz sentir mais poderoso ainda. Perversidade sempre anda junto com luxúria, não é mesmo?

Destravo o celular e procuro o contato secreto. Ligo e coloco no viva voz enquanto vou dirigindo para fora do estacionamento.

― Dog. ― a voz responde no segundo toque.

― Danielle. ― eu digo como cumprimento.

― Precisa de algo? Está insatisfeito?

― Pelo contrário. ― eu mantenho o tom de voz sério. ― Quero exclusividade.

― Hum. ― ela não responde.

― Quantos clientes minha sugar atende? ― eu exijo saber.

― Foi sua indicação, o senhor é o primeiro dela.

Eu sorrio, meu pau responde na hora. ― Ótimo. ― eu ainda estou sério na voz. ― Que fique assim. Toda semana, mesmo horário e mesmo dia. Sigo dirigindo para o aeroporto.

― Isso tem custo, o senhor sabe disso. ― ela diz.

― Imagino. Mande cobrar e eu pago.

― Fechado, então.

― Quero dar uma gratificação para minha sugar. ― quero deixar a gostosa Maddie viciada e dependente no meu pau e no meu dinheiro. Quando estiver na minha coleira, vou completar minha vingança.

― Não precisa disso. Ela não é garçonete.

― Eu sei. Mas quero. Mande-a comprar alguma coisa bonita, uma joia, uma bolsa. Farei o depósito.

― Agradeço em nome dela.

Eu paro em um sinal vermelho. ― Só tenho uma exigência.

― Pois não.

― De maneira nenhuma ela pode saber quem eu sou.

― Isso uma das minhas regras. Achei que estava claro.

― Eu sei, mas não posso correr riscos. Meus adversários políticos estão sempre procurando pontos fracos para me atacar.

― Pode confiar no sigilo do meu serviço, Dog.

― Confio desconfiando.

― Me fez uma encomenda específica e foi isso que recebeu. Ela tem instruções precisas para não reconhecê-lo, mesmo que já o conheça. Sabe que somente o que acontece naquele apartamento interessa.

― Agra desço seu excelente serviço. Cobre o seu valor, eu pagarei. Quero minha sugar toda semana. Talvez mais vezes.

― Farei os arranjos e envio para sua aprovação.

― Obrigado. ― desligo sem esperar resposta e sigo para o aeroporto feliz. Sou um homem satisfeito sexualmente, em ascensão na carreira e começando a fazer as pazes com o passado.

Mas isso dura pouco.

Assim que embarco, acesso meus arquivos secretos no cloud drive e releio a pesquisa do investigador particular. Sei quase tudo de cor, mas agora que comi a garota, os fatos têm novo sentido.

Maddie Simmer. Era Maddie Bills antes de casar.

22 anos, filha de Ava e Charles Bills, o vendedor de cachorro quente ambulante e assassino do meu pai. Maddie casou há cinco anos com Bob Simmer, em separação total de bens. Atualmente em processo de divórcio. Trabalha como recepcionista temporária. Mora com o ex-marido. Sem ações na justiça, redes sociais conjuntas com o ex.

No meio do voo quero acabar com o ex-marido também. Ela reclamou dele no dia que conhecemos, eu vou protegê-la. Como um otário pode ser tão burro a ponto de deixar uma gostosa daquela escapar?

Aterrizo em Washington quando chega mensagem de um número desconhecido. Sinto o pau responder e leio a mensagem de Danielle confirmando que Maddie é só minha, como deve ser.


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O erro que eu nunca cometiOnde histórias criam vida. Descubra agora