CAPÍTULO 8

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* não esqueça de deixar seu voto, mana!*

Dick

Eu me concentro no que vou fazer para esquecer o que deveria estar fazendo. Eu deveria estar trancado no meu luxuoso gabinete no congresso resolvendo as merdas que o presidente faz, mas estou no elevador exclusivo do elegante prédio de apartamentos da área mais nobre de Manhattan.

Saio no andar sem checar a anotação no meu telefone, já sei de cor o enigmático número '12 81'. Era menagem temporária e veio de remetente desconhecido. Mas eu sei o que significa.

Ando no 12° andar, encosto minha digital na fechadura do apartamento 81 e dou adeus aos meus problemas. Dali para frente só quero viver o que encomendei.

Entro e bato a porta atrás de mim, meu coração canta na garganta com fome maligna de vingança e tesão de adolescente. À minha frente está o enorme apartamento com vista para o parque que fica ao longe e se estende por vários quilômetros. Ali eu sei que não tenho absolutamente nenhum vizinho para me ver com uma sugar baby.

― Oi. ― digo para o lugar vazio me sentindo ridículo por estar inseguro.

― Oi, daddy! ― uma voz feminina responde.

Meu coração acelera. ― Onde está? ― pergunto andando até a sala de jantar onde jogo meu celular, chaves, esvazio os bolsos.

Sorrio para a mesa posta para dois. Jogo americano, pratos, talheres, taças e um balde de vinho.

― Na cozinha! ― ela responde. Eu olho em volta tentando achar onde fica e vou caminhando enquanto tiro a gravata.

― Chegou cedo! ― ela diz e eu sigo a voz. ― Ainda estou terminando o almoço.

― O cheiro está ótimo. ― eu digo e paro na porta da cozinha com a boca cheia d'água.

― Camarão, como você gosta! ― ela diz me olhando sobre os ombros enquanto arruma comida em uma travessa.

― Que bom. ― respondo me controlando. Estou ficando louco. A bunda redonda dentro do vestido colado até os joelhos, as coxas desenhadas, cintura fina, ombros saindo de trás dos cabelos sedosos com franja que emoldura o rosto, sandália de salto médio. Está linda.

Eu não me mexo, fico encostado no portal com braços cruzados vendo-a me ignorar enquanto arruma minha comida.

― Está tudo bem? ― ela pergunta me olhando sobre o ombro de novo. Os olhos dela arregalam por um segundo, as bochechas ficam vermelhinhas e ela vira o rosto.

― Sim. ― eu respondo sorrindo. Ela, Sugar e não Maddie, lembra de nosso encontro no consultório.

― Teve um bom dia até agora?

― Não. ― eu sacudo a cabeça. ― Muitos problemas.

― Ah, sinto muito, daddy. ― ela abre uma gaveta, depois outra e tira uma colher. Mete na bandeja de comida e se vira para trazer para mim. ― Prove.

Ela sorri, mas eu vejo a reação dela ao me ver de frente e principalmente, notar a tenda na minha calça.

Eu também fico mexido por vê-la de frente. Ela tem um lindo rosto de menina, olhos verdes ou castanhos, não sei ao certo. A boca de lábios grossos, vermelhos e brilhantes. o vestido tem um decote profundo entre os seios redondos e umas tiras unem frente e costas, eu vejo o contorno dos peitos deliciosos na lateral.

Ela traz a colher até minha boca, mas eu desvio e captura os lábios dela em um beijo. Ela se assusta, que bonitinha. Puxa a cabeça para trás, eu insisto e ela cede ao beijo timidamente. Eu gosto da reação, gosto muito.

O erro que eu nunca cometiOnde histórias criam vida. Descubra agora