capítulo 3.

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Praticamente madruguei escrevendo a matéria sobre o jogo, e fique surpresa ao descobrir que Manoel também estava acordado, já que em questão de minutos o que eu escrevi foi ao ar. A questão era, a Espanha inteira estava noticiando aquela partida, quanto mais rápido a publicação era feita, mais números positivos tinha. A foto usada na matéria também era minha, o que me fez fica orgulhosa por todas as aulas de fotojornalismo que eu não cabulei. E se ainda restavam dúvidas, era o clique exato em que Gavi socava o gramado frustrado.

Abro os olhos me xingando mentalmente por não ter fechado as cortinas na noite passada. Ai vai uma coisa sobre meu apartamento: ele era na verdade, um grande studio. A sala de estar era meu quarto, cozinha e sala de jantar. A porta de entrada dava direto para a cozinha, e eu não tinha bancada ou mesa, então toda refeição era feita no sofá ou chão... Era bonitinho e aconchegante, e era o que meu bolso podia pagar sem que eu tivesse que dividir apartamento com alguém.

- Açafrão, fecha a cortina pra mim... - O gato ao meu lado abriu os olhos e me encarou, piscou uma vez e voltou a dormir. Eu sabia que ele tinha entendido. Tentei fazer o mesmo que Açafrão, mas o barulho de notificações do meu celular estava me deixando louca.

Coço os olhos duas vezes, me forçando a ler o que a tela do celular me mostrava. Leio de novo, só pra ter certeza de que li certo.

As mensagens tinham sido enviadas as poucos minutos, olhei no relógio e vi que eram quase dez da manhã

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As mensagens tinham sido enviadas as poucos minutos, olhei no relógio e vi que eram quase dez da manhã. Esse garoto não deveria estar treinando, ou sei lá o que? Eu nem peguei tão pesado com ele assim na matéria de ontem, até porque não tinha tantos pontos negativos... só disse que ele era um adolescente com ego frágil, temperamento explosivo dentro de campo e que poderia fazer finalizações mais precisas. Nada de mais!

Encarei a tela por dois minutos, decidindo se respondia ou não. Não fiquei surpresa com o fato dele ter conseguido meu contato, ele com certeza deve ter feito um esforço mínimo, para alguém da influência dele, aquilo não era nada. Não ficaria supresa também se ele batesse na minha porta em alguns minutos, pronto pra me jogar da janela até eu escrever algo legal sobre ele.

No final, respondi. O que eu tinha a perder, não é mesmo?

 O que eu tinha a perder, não é mesmo?

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ANTI - HERO  || Pablo GaviOnde histórias criam vida. Descubra agora